A barca no Botafogo precisa começar por Cícero e Diego Souza. A dupla que levou o terceiro cartão amarelo contra o Atlético-MG e que ficará de fora do jogo decisivo contra o Ceará, que vale vaga na Copa Sul-Americana. Mas não é por isso que eles precisam sair. Até porque levar cartão faz parte do jogo. A saída deles precisa inaugurar a esperada faxina no elenco porque seria sintomática. Representaria a ruptura com um modelo de contratação que não dá certo.
Cícero saiu do Grêmio e ficou livre no mercado. Foi parar no Botafogo e alguns, como eu, acreditaram que ele poderia render. Mas em campo o que se viu foi um jogador que parecia não ter sangue. O burocrático. Nada a ver com o atleta dos tempos de Fluminense.
Por falar em burocracia, Diego Souza é outro que não se encontrou. Cheguei a escrever que ele estava correndo sério risco de não virar um bom atacante e esquecer como é ser um bom meia. Apesar de alguns gols importantes, como contra o Corinthians, o saldo de sua passagem foi muito mais negativo.
Barca do Botafogo não pode ficar apenas em Cícero e Diego Souza
Quando falo que a barca do Botafogo precisa começar por Cícero e Diego Souza é porque ela tem que ser simbólica. Daí a necessidade de capitães de peso. Mas a tal ruptura do modelo de negócios e a expectativa pelo novo ano deve envolver outras peças que já não agregam mais nada e incomodam à torcida. O torcedor já sabe que não tem o que esperar de Leo Valencia, de Vinicius Tanque, dentre outros.
O modelo de clube que vira empresa tão aguardado pela torcida precisa dar um fim a este tipo de situação. É isso que a torcida espera.