O técnico Eduardo Barroca tem boas intenções na montagem do time alvinegro. A ideia de dar protagonismo ao clube, que ele tanto martela, esbarra justamente na falta de qualidade de um setor importante em qualquer equipe: a criação de jogadas.
O Botafogo que perdeu para o Goiás apresentou os mesmos problemas que estão sendo exibidos desde o começo do Campeonato Brasileiro. E que só não estavam tão evidenciados com Zé Ricardo por que o treinador não conseguiu definir o estilo que pretendia utilizar no clube. Se perdeu após o Campeonato Brasileiro e viveu de lampejos no primeiro semestre deste ano, como nos 3 a 0 sobre o Defensa Y Justicia, por exemplo.
Quando um time não consegue render sem estar organizado os reais problemas podem estar sendo mascarados. Era o que acontecia. Barroca organizou a equipe, o que fez saltar aos olhos a falta de criatividade.
Alex Santana e João Paulo não podem ser chamados de camisa 10
O meio-de-campo do Botafogo toca a bola. Mas não sabe o que fazer com ela. Isso por que seus jogadores que estão sendo responsabilizados pela criação de jogadas não podem ser os designados para esta função. Alex Santana e João Paulo, por exemplo, são jogadores em condições de compor muito bem um setor. Mas não se pode esperar deles, e muito menos de Cícero ou de Luiz Fernando, que vistam a camisa 10 (no real significado que ela tinha em décadas passadas).
As intenções de Barroca são boas. O treinador quer ver o Botafogo controlando a bola. E isso pode até estar em progresso. Mas o objetivo final, com a qualidade que se tem hoje em dia, está bem longe.
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