“Gostaria de compartilhar um sonho que eu tenho como torcedor. Eu quero ver o Botafogo no topo da América e do mundo. Eu quero ver o Botafogo campeão da Libertadores e campeão mundial. Claro que o Botafogo é conhecido mundialmente, foi base da Seleção Brasileira. O Botafogo é conhecido no mundo todo. Mas sei que a torcida cobra isso e eu queria muito ver o Botafogo campeão da Libertadores e do Mundial. A torcida precisa cobrar isso, logicamente que com responsabilidade. Aliás, precisa cobrar e se cobrar. Pois o Botafogo merece isso. Em 89 todos se uniram e temos que nos unir sempre pelo clube.”
A frase acima é de Valdir Espinosa, em entrevista ao Blog do Mansell em junho, por ocasião do aniversário de 30 anos do fim do jejum, que veio com a conquista do título de 1989. Era ele o treinador e comandante daquela conquista. Apenas por isso, sua escolha pode ser considerada acertada para a vaga de Anderson Barros no departamento de futebol do Botafogo. Porém, Espinosa não é apenas um ídolo do clube. É uma pessoa com vontade de fazer o Botafogo reencontrar grandes épocas.
Valdir Espinosa foi uma escolha acertada do Botafogo
Valdir Espinosa conhece como poucos o ambiente de um vestiário. Não terá problemas em ser um elo entre os jogadores e a presidência. Papel que Anderson Barros desempenhou na marra, tamanho o abandono em que foi vítima ao longo de 2019.
Espinosa não vai sofrer com tanto abandono. Terá a seu lado Carlos Augusto Montenegro, Manoel Renha, Ricardo Rotenberg e outros dirigentes que estão sempre presentes, vivenciando o cotidiano do clube. Chegará sem vícios do cargo e sem dever favor a empresários.
Com o processo de transformação do clube em empresa, Valdir Espinosa terá um norte para trabalhar, embora já saiba que os primeiros meses serão difíceis. Mas isso não é problema. Ou alguém acha que em janeiro de 1989 era fácil virar técnico do Botafogo. E deu no que deu. Boa sorte, Espinosa!