“Trocar o pneu com o carro andando”. Foi essa expressão que o técnico Marcelo Chamusca utilizou para mostrar como será o processo de reformulação do elenco do Botafogo. Sem intervalo entre uma temporada e outra, as mudanças serão implementadas de forma gradativa.
Se jogadores estão sendo contratados, o Botafogo também vai precisar se desfazer de algumas peças para não deixar o elenco inchado. E o próprio Chamusa deu indicativos disso já na estreia, contra o Boavista, ao deixar diversos atletas fora da relação de jogo por opção.
Barrandeguy, Gustavo Cascardo, Lecaros, Davi Araújo e Rhuan, que estão à disposição e foram relacionados nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro com Lucio Flavio, ficaram fora do jogo da última quarta-feira. Todos por opção da comissão. Enquanto isso, jovens do sub-20 como Juninho, Wendel e Ewerton ficaram no banco.
É claro que foi apenas um jogo, mas pode ser um recorte importante no sentido de que estes jogadores podem ser liberados em caso de propostas e não estão nos planos. Todos eles têm contrato em vigor: o de Cascardo vai até maio, Davi tem vínculo até junho e os demais até dezembro.
Eventuais saídas de Barrandeguy e Cascardo se justificam, já que o Botafogo tem Kevin – que, apesar das críticas, é titular há muito tempo – e o recém-chegado Jonathan. Nas pontas, o Glorioso trouxe Ronald, está fechando com Marcinho (ex-Cuiabá) e ainda têm Ênio e Warley, que têm mostrado mais valências do que os demais da posição.
Esse processo de contratação de jogadores está intimamente atrelado a dispensas e abertura de espaço no elenco, algo que terá de ser conduzido com sabedoria por Eduardo Freeland e a comissão técnica alvinegra. Não será de uma hora para outra que a torcida verá um novo Botafogo em campo.