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Não tem mais números, planilhas… A hora é do espírito de Gonçalves no Botafogo

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Pisando na Bola

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Não tem mais números, planilhas… A hora é do espírito de Gonçalves no Botafogo
Reprodução

Há algumas verdades implacáveis, assim como há destinos que ainda não foram definidos. Talvez a sensação de algo destinado ao fracasso é a pior de todas, mas não é inexorável. Esse elenco do Botafogo tem a chance de buscar um final diferente do que já está traçado na cabeça de todos, algo que muitas pessoas infelizmente não têm: segunda oportunidade.

Na nossa história houve momentos em que a força extra veio de fora para dentro. Em 1993, me lembro de um torcedor invadir o gramado do Caio Martins durante o Brasileiro querendo ensinar o time a chutar no gol, pois não conseguíamos marcar durante várias partidas. Chegamos em uma final de Conmebol em que a organização teve que abrir os portões do Maracanã, pois nem a diretoria confiava na presença forte de público. E do nada estávamos lá… obrigando o Botafogo a abrir os portões. Nessa hora a força veio de fora para dentro.

Em 1995, após o primeiro jogo da final, a torcida do Santos estava comemorando no Maracanã enquanto a nossa saía de cabeça baixa, mesmo após a vitória em uma final. Afinal, o adversário havia revertido três dias antes uma vantagem homérica do nosso rival de três cores. Gonçalves em um momento de grande felicidade correu até a nossa torcida e começou a bater no peito gritando para ninguém ouvir, mas entender só no ato de olhar: “seríamos campeões”. Túlio no vestiário pós jogo completou o serviço com uma entrevista histórica para todos os botafoguenses dizendo que não éramos os rivais. Isso inflamou o ânimo de todos, nos trouxe a realidade de que estava em nossas mãos. Houve uma mobilização muito forte nos dias seguintes pelo título. Essa força veio de dentro para fora.

O elenco atual precisa entender tudo que o Gonçalves entendeu. Pois como em 95 ele conseguiu puxar quem estava em 71 no jogo do José Marçal Filho, quem estavam em 81 no Morumbi, quem, como eu, estava em 92, 7×1, Marcio Teodoro, etc.. e todos que presenciaram todas as ladeiras da derrota que aquela história de 20 e poucos anos nos reservou. Os jogadores de hoje têm a mesma chance.

Esse momento exige que a força venha de dentro para fora. Que os jogadores puxem de novo a torcida que já fez a sua parte com louvor durante os últimos sete meses. Ainda está em nossas mãos, mas eles precisam mostrar isso para nós. Esse recado precisa vir deles. Diferente de todas as rampas da derrota que já se passaram, essa ainda pode terminar em vitória. Esse capítulo final ainda não está escrito. Não tem mais números, planilhas… agora é no “photo finish”.

Depende deles!

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