Os reforços não param de chegar em General Severiano. Desta vez, o novo jogador é um velho conhecido da torcida alvinegra. Luís Oyama retornou para o Botafogo e assinou contrato até o final de 2025, depois de deixar ótima impressão na campanha do acesso em 2021. O Glorioso pagou ao Mirassol R$ 2 milhões por 60% dos direitos federativos do jogador. Agora, o torcedor vive a expectativa de ver uma dupla de volantes talentosa e muito promissora no meio-campo, formada por Oyama e Patrick de Paula, sob o comando de Luís Castro.
Luís Oyama jogou 31 jogos pelo Botafogo em 2021. Ainda com Marcelo Chamusca, começou sua trajetória como titular no início da Série B, atuando ao lado de Pedro Castro. Com a chegada de Enderson Moreira, que procurou melhorar o equilíbrio defensivo do time, perdeu espaço para Barreto. Recuperou o status de titular na reta final do campeonato, com direito a exibição de gala no 4 a 0 sobre o Vasco em São Januário. Durante a competição, com média de 68 minutos por jogo, foi o terceiro jogador do Botafogo com mais passes certos (818), com 89% de acerto e o melhor em lançamentos entre os que arriscaram, em média, mais de um por jogo (48%). Marcou dois gols, distribuiu duas assistências, além de outros 28 passes que terminaram em finalização. Foi também o terceiro melhor em desarmes (38) e líder em interceptações (17).
O volante retornou ao Mirassol no início do ano, após os clubes não chegarem a um acordo financeiro para a sua permanência no Glorioso. Foi peça importante na equipe que terminou a fase classificatória do Campeonato Paulista em sétimo lugar. Pelo clube do interior paulista, manteve seus bons índices em 2022. Em 12 jogos, foi o terceiro jogador do time com mais passes certos, com 88% de acerto, 45% nos passes longos, duas assistências para gol e sete passes para finalização. Liderou a equipe em desarmes (27), com um impressionante aproveitamento de 93% nas tentativas de roubos de bola. Oyama terminou a competição com mais desarmes que faltas cometidas (19), recebendo apenas dois cartões amarelos.
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Em entrevista ao Footure, Luís Castro falou sobre a importância do camisa cinco em suas equipes, a quem chama de “o farol do time”. Um jogador capaz de receber a bola sob pressão na faixa central em zonas mais baixas e girar sobre a marcação, queimando linhas defensivas do adversário e abrindo linhas de passe para o avanço do time. Oyama já demonstrou no Botafogo que tem capacidade para executar essa função em campo. Em 2021, em um time formado para atacar verticalmente com passes diretos, demorou a encontrar seu espaço. Com Castro, adepto de um estilo de construção a partir da defesa, o volante pode ter um impacto imediato na equipe.
Mas Oyama pode oferecer mais ao time. Pode ser esse pivô defensivo, jogando na base da jogada, ditando o tempo e a velocidade da bola e buscando aproximações para o jogo apoiado, como também pode ser um “oito”, um meia interior capaz de ler os espaços a sua frente e atacar a profundidade e chegar à linha de fundo para cruzar ou à área para finalizar. Jogando ao lado de um jogador igualmente versátil, como Patrick de Paula, pode, inclusive, variar entre funções conforme o contexto do jogo demandar.
Aos 25 anos, Luís Oyama vai disputar pela primeira vez a Série A do Campeonato Brasileiro. No Botafogo, o volante deve ser apresentado a uma nova forma de ver o futebol, com um treinador conhecido pelo estudo teórico e o trabalho minucioso em todas as fases do jogo. O resultado dessa relação pode potencializar suas qualidades e ajudar o jogador a enfrentar o desafio de enfrentar os melhores times do país.