É praticamente impossível defender o trabalho de Davide Ancelotti no Botafogo. Contra o Mirassol, passou-se a impressão de que o time ficou a semana toda treinando para a principal jogada ofensiva ser Artur cobrando lateral na área.
Foram três jogadas assim no primeiro tempo do empate em 0 a 0 no interior paulista. O resultado, a grosso modo, esteve longe de ser ruim, considerando que o adversário está na quarta posição e faz uma campanha irrepreensível.
Só que a atuação do Botafogo no Estádio José Maria de Campos Maia só serviu para irritar o torcedor e gerar uma pergunta: o time treina?
A cada partida, principalmente quando o Botafogo tem uma semana cheia de treinos, Davide Ancelotti parece piorar a equipe. O grande número de desfalques não é desculpa – coisa que, pelo menos, ele próprio admite.
Nas entrevistas coletivas, Davide apresenta alguma dificuldade para reconhecer seus erros e, não raro, faz críticas à atuação dos jogadores. Mas a impressão que passa, olhando de fora, é que nem os atletas confiam mais na capacidade de seu comandante.
Vale ressaltar aqui que o maior culpado não é Davide, mas sim quem apostou num treinador que nunca foi treinador e não tem experiência alguma no futebol brasileiro para comandar um projeto repleto de falhas em 2025 e que geraria desafios e pressões.
A impressão que se passa é que o Botafogo vai involuir a cada rodada e perder uma antes certa vaga na Libertadores de 2026. Ainda há tempo de fazer alguma coisa. Faltam sete jogos e, depois do clássico contra o Vasco, haverá uma data Fifa. Pode ser o momento para se tentar algo.









