O Campeonato Brasileiro de 2023 está apenas no comecinho, com duas rodadas quase concluídas, mas já deu para perceber o equilíbrio. Equipes antes tidas como superpoderosas, com amplo favoritismo, mostram algumas fragilidades. O próprio Palmeiras, melhor time do país, não é mais o mesmo, apesar de ser ainda muito forte.
O Flamengo é outro que, antes considerado bicho papão, tornou-se uma equipe normal. Claro que tem jogadores extraclasse, mas está longe de ser a potência de outrora. Nesse contexto, o Fluminense é quem parece como um dos candidatos ao título, mas sempre há o questionamento se terá elenco suficiente para aguentar a carga de jogos até o fim.
Posto isso, fica a pergunta: será que dá para o Botafogo sonhar? No ano passado, o Glorioso foi muito forte fora de casa, mas perdeu pontos demais em seus domínios. Agora, com o gramado sintético e um trabalho mais consolidado do técnico Luís Castro, com um elenco mais forte e entrosado, dá para chegar mais longe.
Talvez sonhar com o título seja demasiado, mas projetar terminar entre os cinco ou seis primeiros não seja um exagero. “Empolgou?”, você pode perguntar. Não, é mais uma constatação do que o futebol brasileiro nos apresenta no momento. A gestão de elenco em meio a competições paralelas, a força do grupo e a paz para trabalhar serão fundamentais.
Há ainda outro ponto crucial para uma grande campanha: o apoio da torcida. Estamos vendo os jogos na Série A sempre com estádios cheios. Isso tem um peso. Resta à diretoria do Botafogo propiciar as melhores condições para que o nosso Nilton Santos esteja sempre com grandes públicos. Por que não abrir o Oeste Superior também a preços populares? Contra o César Vallejo, ele ficou fechado.
O sucesso do Botafogo depende de todos, desde a diretoria até a torcida. Sonhar alto é mais do que possível para um clube do tamanho do nosso Glorioso.