Não temos o elenco dos nossos sonhos, tampouco o técnico. Não podemos nem sequer ir ao Estádio Nilton Santos para empurrar este limitado time. Porém, agora não há mais alternativas. A torcida do Botafogo precisa deixar a corneta de lado e somar energias positivas para a Série B que está começando.
Serão 38 jogos num intervalo de apenas seis meses. Uma maratona com viagens, jogos encavalados um no outro, campos ruins e partidas com baixíssimo nível técnico. É assim mesmo. Fomos rebaixados, e agora precisamos passar por essa tormenta para tentar voltar à Série A.
A Segunda Divisão promete ser uma das mais disputadas de todos os tempos, com a presença de outros campeões brasileiros além do Botafogo: Vasco, Cruzeiro, Coritiba e Guarani. Ainda há times com estrutura forte, como Avaí, Goiás, Vitória e Londrina, por exemplo.
No ano passado mesmo, os quatro que subiram foram América-MG, Chapecoense, Juventude e Cuiabá. Fora os dois primeiros, que ultimamente têm frequentado a elite, os dois últimos não estavam nos prognósticos iniciais para o acesso. O que mostra que, na Série B, qualquer um pode surpreender.
O Botafogo terá em campo uma equipe limitada, sem jogadores de renome – a não ser Rafael Moura, que está para ser anunciado, mas que já tem 38 anos de idade. O técnico Marcelo Chamusca ainda patina em busca de sua formação ideal, mas parece aos poucos deixar de lado algumas teimosias.
É torcer para que o Botafogo consiga uma campanha consistente e regular. Ninguém vai esperar grandes atuações. Na Série B, é preciso pontuar frequentemente. Com os estádios sem torcida, por sinal, a tendência é que os times consigam mais pontos fora de casa. Portanto, cada um dos 38 jogos será fundamental.
Mesmo com o nosso Fogão em baixa, tem sido cada vez mais comum ver a camisa gloriosa nas ruas. Somos assim mesmo. O Botafogo é uma fortaleza, e sua torcida jamais se renderá.