O Botafogo vivia um início de temporada 2023 animador, com bons resultados e consistência dentro de campo. Mas aí veio o clássico contra o Vasco nesta quinta-feira (16/2) e o Glorioso tomou aquele choque de realidade do Cariocão da Ferj, com um show de desorganização e uma arbitragem inacreditável de ruim e confusa.
É óbvio que, da parte dos jogadores em campo, é preciso acalmar os ânimos. Mas fica complicado manter a serenidade com um show de erros – ou seria má intenção? – da equipe de arbitragem. Fica até difícil encontrar adjetivos para a atuação do jovem árbitro Yuri Elino Ferreira da Cruz, de 30 anos.
Rafael nitidamente se descontrolou, o que é inaceitável para um jogador com a bagagem dele, mas ele não acertou ninguém – e a confusão se instalou por causa de um pênalti inventado para o Vasco, depois cancelado com o VAR. Galarza, que gerou a reação de Adryelson no cartão amarelo, fez outras duas faltas em que poderia ter sido expulso, mas o árbitro fez vista grossa.
No lance do primeiro gol do Vasco, mais um lance bisonho, com o juiz dando uma falta de ataque do Victor Sá que não houve. O Botafogo já tinha dois a menos e poderia ter um bom e raro ataque. A falta acabou originando a jogada do gol de Alex Teixeira. Complicado demais…
E o que falar da organização? Antes do clássico, foi noticiado que as diretorias trabalhariam juntas para facilitar a compra de ingressos e o acesso dos torcedores. Mas o que se viu foram inúmeras dificuldades impostas aos botafoguenses, com a necessidade de trocar o voucher da compra pela internet impresso e assinado.
O sócio-torcedor teve dificuldade também para fazer valer o direito ao desconto de 50%. Aí, quando consegue comprar, paga uma taxa de “conveniência” e precisa encarar filas quilométricas para TROCAR por outro papel, em pleno 2023. Resultado? Muita gente entrou já com o jogo em andamento. Uma vergonha.
O Botafogo cometeu erros? Claro! Há falhas no processo? Algumas! Mas é muito complicado tentar fazer um trabalho sério com tanta desorganização e incompetência dos agentes que deveriam prezar pelo bom espetáculo.