Desfalcado de dois de seus principais jogadores e num estádio sem público, o Botafogo não foi nem de longe aquele time organizado e preciso de outras rodadas contra o Santos. Mas bastou isso para que observássemos na internet uma chuva de críticas ao técnico Bruno Lage, que fazia sua estreia no Brasileirão.
Futebol é passional, e nem se trata aqui de ensinar como o torcedor deve se comportar. Mas será que não aprendemos nada do que aconteceu com Luís Castro? Assim como seu antecessor, Lage nunca trabalhou no futebol brasileiro e, claro, vai precisar de tempo para se adaptar.
Bruno Lage tem apenas uma semana de trabalho no Botafogo, interrompida por um jogo no meio do caminho com reservas e debaixo de um temporal pela Copa Sul-Americana. Agora, de fato, ele terá uma semana cheia para ajustar o que precisa ser ajustado visando o jogo contra o Coritiba no próximo domingo (30/7).
Houve críticas em relação à formação inicial com três volantes, explicada por ele antes da partida de forma clara: as outras alternativas mais ofensivas ainda carecem de uma melhor forma física. Teve até quem criticou sua “passividade” no banco de reservas.
Será que uma equipe bem treinada precisa mesmo de um técnico gritando o tempo todo na área técnica? Ou perturbando a arbitragem e pilhando seus próprios comandados? O próprio Luís Castro não ficava se esgoelando. Cada pessoa tem suas características.
Lage vibrou muito no gol de empate. E, na excelente entrevista coletiva após a partida contra o Santos, mais uma vez deu uma aula de humildade, como já havia feito na apresentação. Elogiou seus jogadores, o setor de análise do Botafogo, o estafe e a estrutura do clube. Está indo na direção correta.
O Glorioso, com 40 pontos em 16 jogos, só precisa de paz e apoio agora para se manter na frente e conquistar o título. Seguimos!