Igor Jesus ficou fora da convocação da Seleção Brasileira para os jogos contra Colômbia e Argentina. O centroavante foi titular nas últimas duas datas Fifa de 2024, foi muito bem e agora foi preterido pelo técnico Dorival Júnior.
Isso é um exemplo claro de incoerência do treinador. Imagine se num time o titular dá conta do recado, faz gol e, na próxima rodada, não fica nem no banco? É mais ou menos isso que aconteceu agora com Igor Jesus.
Fato é que, independente da incoerência de Dorival, que tem uma oferta enorme de atletas para convocar, a ausência de Igor Jesus é ruim e boa para o Botafogo.
Ruim porque é efeito desse planejamento no mínimo controverso de deixar os dois primeiros meses de lado, começando com um técnico interino sem a menor condição de dirigir um time do tamanho do Botafogo.
Ruim porque deixa Igor Jesus insatisfeito, porque ele sabe que foi “vítima” desse começo ruim do Botafogo. E ruim porque acaba, de qualquer forma, desvalorizando um ativo. Igor poderia estar com a Seleção se mostrando ainda mais.
Por outro lado, foi bom para o Botafogo no sentido de que Igor Jesus poderá fazer toda a “intertemporada” com Renato Paiva, sem ter que ficar cerca de 10 dias pelo menos ausente.
O camisa 99 terá um bom tempo para entender os conceitos e se entrosar com os novos companheiros de ataque que ainda nem sequer estrearam, como Santi Rodríguez – provável titular -, Nathan Fernandes e Elias Manoel.
John Textor está certo em não concordar com o calendário e tem certa razão de focar nas principais competições, mas o “sistema” impõe que se coloque a viola no saco às vezes. Do contrário, você fica sujeito a colher tempestades…