* O Botafogo é grande, gigante, mas não basta ser. É preciso ter postura. O que não tem acontecido no mercado em diversas oportunidades desde o fim de 2024. E parece que pode ocorrer novamente com Marlon Freitas.
* Qual recado passa – externamente e internamente – um clube que negocia facilmente seu capitão e líder do elenco? É mais: para um rival direto no futebol brasileiro, o Palmeiras. A imagem é de fragilidade.
* Faz sentido o Botafogo vender Marlon Freitas por cerca de R$ 35 milhões ao Palmeiras sendo que pagou R$ 33 milhões ao mesmo clube por Patrick de Paula? E a compra foi de 50% dos direitos.
* ”Ah, mas não vai conseguir vender Marlon por preço maior devido à idade”. E é preciso vender? E vai conseguir contratar alguém melhor com R$ 35 milhões? Provavelmente não.
* Postura no mercado é não negociar jogador com clube rival, é ganhar disputas, dar chapéu, contratar atletas cobiçados, segurar seus principais nomes. O que o Botafogo não tem feito desde o fim de 2024.
* Desde a saída de Artur Jorge, por exemplo. Teria sido mais “barato” pagar R$ 3 milhões de salário a um grande treinador do que jogar um ano fora com apostas duvidosas. Assim como vender Júnior Santos por R$ 48 milhões podia fazer sentido, mas gastou mais que isso em Rwan Cruz e Nathan Fernandes por exemplo. Até mesmo Tiquinho Soares teria sido mais útil que centroavantes como Rwan Cruz, Elias Manoel, Mastriani e Chris Ramos.
* O Botafogo de John Textor não se apega a nomes, reduz folha salarial, não se prende a medalhões. Mas perde referências e jogadores identificados com a torcida. Vai dar certo? Difícil dizer. Mas a lição de 2025 mostra que não.
* O caminho que parecia de estabilidade, com um novo treinador contratado rapidamente, volta a ser de incertezas. Cabe ao Botafogo corrigir a rota.