* Mais uma vez a arbitragem. É chover no molhado falar disso em 2025. O Botafogo foi severamente prejudicado na derrota por 2 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio, neste sábado (4/10), pelo Campeonato Brasileiro.
* Dois lances claros. O bizarro é que o mesmo árbitro expulsou Chris Ramos contra o Atlético-MG em situação parecida. Daquela vez, foi chamado pelo VAR. Já o pênalti foi acintoso. Mercado não quis jogar, agarrou Arthur Cabral pela cintura. De tão preocupado em segurar o centroavante, chegou a tocar com a mão na bola no lance.
* As duas jogadas poderiam mudar a partida. Estava apenas 1 a 0. Chama atenção também a passividade dos jogadores do Botafogo. Os dois que foram vítimas nos lances quase não reclamaram. É hora de cair, de esfriar o jogo e protestar até o árbitro ir ao VAR. Se ele não for, fica mais evidente o erro. E essa conta não é de Marlon Freitas, como criticam alguns. Não dá para o capitão, pendurado por dois cartões amarelos, ficar sozinho nessa. Outros precisam ajudar e ter essa malícia de saber pressionar.
* Mesmo com tudo isso, o primeiro tempo ficou só em 1 a 0, com falha do inseguro Léo Linck. O jogo era equilibrado e acessível. Até Davide Ancelotti fazer alteração bizarra e surreal. Com duas mudanças, bagunçou complemente o time e acabou com as chances de reação.
* Sacou Gabriel Bahia para colocar Mateo Ponte. E inventou de ir num 3-5-2 que dificilmente foi treinado, com Newton de zagueiro pela direita, Vitinho de ala-esquerda. Atrapalhou todo mundo. Tirou Vitinho da lateral-direita, onde toma conta, jogou Alexander Barboza mais para a direita pela zaga, deslocou Newton que marcava bem no meio para ficar exposto na defesa e levar cartão, deixou Marlon Freitas sozinho na marcação, que já não é seu ponto forte. Um horror.
* Para completar, pôs Chris Ramos no lugar de Jeffinho. Davide Ancelotti parece ter delay. Montou o time do segundo tempo para jogar o primeiro tempo. Só um detalhe: a chuva já tinha parado e o campo estava seco. Não era mais jogo por cima, de disputas físicas, era um duelo técnico, por baixo, de jogar bola. E ele com dois centroavantes postes dentro da área. Inacreditável.
* Por fim, mais um ponto comum desse Botafogo de 2025 é o desânimo a cada gol sofrido ou a cada vez que o adversário fica em vantagem no placar. Não à toa, esse time só virou um jogo, contra o Juventude. Quando o Botafogo leva o primeiro gol, é praticamente certo que vai perder. É torcer para, mesmo aos trancos e barrancos, seguir no G-4, não ser ultrapassado pelos outros. Porque depois, pelo histórico, difícil imaginar que a equipe vá conseguir reagir.