Pitacos: Artur Jorge comete erros contra o Athletico-PR, mas estão faltando peças ofensivas ao Botafogo; e a arbitragem hein?

Pitacos: Artur Jorge comete erros contra o Athletico-PR, mas estão faltando peças ofensivas ao Botafogo; e a arbitragem hein?
Vítor Silva/Botafogo

* Artur Jorge merece ser bastante elogiado por seu trabalho em início no Botafogo. Incrível como se adaptou bem e rapidamente ao futebol brasileiro, com todo seu contexto, incluindo jogo, gestão de grupo, arbitragem, imprensa, substituições e estudo de adversários. Contudo, na partida contra o Athletico-PR, dá para dizer que cometeu alguns erros.

* O primeiro foi escalar Eduardo no lugar de Luiz Henrique. Se for por questão física, é OK, é importante que se preserve o ponta. Mas na entrevista coletiva Artur Jorge deu a entender que a alteração foi tática. A estratégia facilitou bastante a vida do Athletico-PR.

* Por quê? Porque o Botafogo ficou com apenas um jogador de agressividade e profundidade em campo: Júnior Santos. Era ele quem tinha que correr para receber pelos lados, era ele que tinha que cruzar, era ele que tinha que brigar no jogo aéreo, era ele que tinha que fazer pivô, era ele que tinha que apertar saída de bola, era ele que tinha que finalizar. Muita coisa para um jogador só. O ideal seria haver mais um Júnior Santos.

* Eduardo, Óscar Romero e Tchê Tchê têm características de construção, de receber a bola no pé, não no espaço. O time acabou ficando muito travado contra um adversário que entrou para defender, esfriar o jogo, fazer faltas e contra-atacar.

* Aí é que faltam peças. O que mostrou o terceiro erro de Artur Jorge (o segundo foi a demora a colocar Luiz Henrique, o que fez apenas após sofrer o gol). Ao optar por Yarlen e Fabiano, aos 24 minutos do segundo tempo, as peças mais ofensivas que tinha no banco, o treinador enfraqueceu a equipe. Os dois ainda são jogadores em desenvolvimento, não estão completamente prontos para o profissional. Fabiano ainda entrou como lateral-direito improvisado (seria melhor colocar Mateo Ponte na posição), enquanto Yarlen ficou encaixotado entre os defensores adversários.

* Quando Artur Jorge optou por jogadores mais prontos (Gregore e Diego Hernández), já aos 36, eles deram resultado. O volante defensivamente foi bem e se multiplicou em campo, enquanto o uruguaio mostrou vibração e participou bem do gol de empate.

* O sinal que fica é que o Botafogo vai melhorar quando tiver de volta as opções ofensivas. De qualquer forma, poderia olhar com carinho a contratação de mais jogadores de ataque incisivos, agressivos, que busquem a profundidade e o deslocamento. Há muita gente para armar, falta mais potência na frente.

* Por fim, a atuação do árbitro Ramon Abatti Abel. Viu uma falta inexistente de Júnior Santos em Thiago Heleno quando o atacante entraria livre na área, não viu um pisão de Erick em Tchê Tchê que renderia expulsão, não viu pênalti claro sobre Júnior Santos (ou viu, falou em vantagem e não quis marcar). Foi conivente com a cera do Athletico-PR, como do goleiro Léo Linck. E, para completar, o VAR Igor Junio Benevenuto (aquele das linhas que anularam gol de Júnior Santos em Botafogo x Bahia) não chamou o juiz no lance do pênalti. O gol no fim esconde, mas novamente a arbitragem não foi bem em jogo do Botafogo.

Fonte: Redação FogãoNET

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