* Vamos começar pelo lado “positivo”. Deu para ver alguma melhora e competitividade no Botafogo em boa parte do clássico com o Flamengo, sobretudo no primeiro tempo. Foi um time intenso, físico, marcou em cima, ganhou bolas no alto e teve duas chances.
* Deu alguma esperança na montagem do time. Enfim, parece haver um caminho, ainda que seja necessário melhorar bastante, principalmente em controle da bola e criação de jogadas ofensivas. Obviamente, é preciso considerar que havia um adversário forte e de qualidade do outro lado, mas era possível mais.
* Agora vamos às críticas. Até quando essas falhas, Gatito? O goleiro fez seis jogos em 2023, com seis gols sofridos. Foi determinante em uma das viradas de fio na temporada passado, quando falhou feio no empate em 1 a 1 com o Defensa y Justica (ARG) no Estádio Nilton Santos. Ali começou a se desenhar a eliminação na Copa Sul-Americana. Na volta, apenas olhou os dois gols do adversário.
* Em 2024, já são três jogos com erros capitais. Falhou feio contra Boavista e Flamengo, não teve tempo de reação nem reflexos contra o Nova Iguaçu. São vários pontos que ficaram pelo caminho. Cinco partidas, cinco gols sofridos.
* O paraguaio, que tem história no Botafogo e merece respeito, já não tem a mesma vitalidade de temporadas anteriores nem a que pede o futebol atual. Lento, inseguro, com problemas no jogo aéreo e na reposição, Gatito acende um alerta: o clube precisa contratar mais um goleiro. Até porque John está lesionado e deve ficar dois meses fora, o tempo da pré-Libertadores.
* Chegamos a Tiago Nunes. Até quando o técnico vai repetir os erros no Botafogo? Por que Júnior Santos aberto pela esquerda ou como centroavante? Por que não dá chance a Victor Sá em seu melhor lado? Por que o time com ele sempre piora após as substituições?
* Alteração é a hora de o treinador fazer diferença. Para o lado positivo. Tiago Nunes tem feito para o lado negativo. Ainda que se faça a ressalva de o que elenco ainda está em formação e carece de mais opções, ele costuma desmontar o que está encaixado em campo. Acabou com o jogo físico quando colocou Eduardo e Savarino, baixou bastante a estatura da equipe com as saídas de Tiquinho Soares, Danilo Barbosa, Alexander Barboza, Marlon Freitas e Luiz Henrique. Alguns por parte física, mas esses dois últimos já nos acréscimos, quando só havia cruzamentos, colocando Newton e Victor Sá.
* Por mais que o técnico ainda esteja fazendo testes e pensando na minutagem do elenco, não tem passado segurança à torcida. Será que vai acertar nos momentos decisivos? Fato é que já são 12 jogos com Tiago Nunes, com três vitórias, seis empates e três derrotas. Aproveitamento bem ruim. A hora de dar resultado é agora, até para mostrar que é o cara certo para um projeto grande e promissor.
