Pitacos: Botafogo de 2025 virou ‘prova de resistência’ para torcedores e para campeões de 2024

Pitacos: Botafogo de 2025 virou ‘prova de resistência’ para torcedores e para campeões de 2024
Vítor Silva/Botafogo

* Tem saudade da época do Botafogo associativo? O início de 2025 virou uma espécie de “prova de resistência” para a torcida e para os campeões de 2024, lembrando mais o clube de outrora que o da SAF.

* Se você suportou todo o processo, para ficar no mais recente, do trauma de 2023 até ser recompensado com os títulos da Libertadores e do Brasileiro em 2024, parece que o Botafogo quer fazer você suportar de novo. Idem para os atletas.

* Pense, por exemplo, em Marlon Freitas. Se teve que ser forte para superar críticas por piscadinha, perda do título, vaias, nome no muro e em faixas pedindo sua saída, reta final de 2024 intensa, volta por cima, discursos históricos e duas conquistas significativas, em 2025 parece que vai ter que ser mais forte.

* O time campeão de tudo no ano passado poderia imaginar que começaria 2025 melhor ainda, com principais peças mantidas, com reforços, com um treinador, com o astral lá em cima. Pelo contrário. É tempo de provação. De início de temporada sem técnico, sem reforços de peso, sem psicólogo, sem preparador físico, sem diretor de futebol. E com o dono da SAF, John Textor, desvalorizando o período.

* Se o empresário americano, com alguma razão, não dá valor algum ao início de temporada, ao Campeonato Carioca e até à Supercopa, como querer que os jogadores se importem? Como querer que os torcedores sejam sócios e estejam presentes?

* O problema é que, no fim das contas, os jogadores saem criticados e mais pressionados. O espírito vencedor, a confiança e autoestima caem, a força coletiva diminui. E isso não é algo que se conquista de uma hora para outra. Até o momento, o Botafogo jogou fora 40 dias que eram para ser de preparação.

* Erramos aqui ao falar que o Botafogo está sem técnico. É pior. Está com Carlos Leiria. Que aparenta não ter qualquer noção do que está fazendo. O piloto da Fórmula 1 saiu, resolveram colocar o motorista da van dos mecânicos no lugar. Só que esse motorista não foi bem nem na van.

* Carlos Leiria tem no currículo duas demissões do Resende. A mais recente no dia 1º de julho de 2024. Três dias depois, era contratado como técnico do sub-20 do Botafogo. Qual a razão? Quem foi o responsável?

* Pense o seguinte: você escalaria seus titulares, campeões da Libertadores e do Brasileiro, às 21h45 de uma quinta-feira, em Moça Bonita (após dois clássicos), ou às 16h de domingo, em Cariacica, com transmissão em TV aberta? Acredite, Carlos Leiria preferiu a primeira opção. E não tem ninguém no clube para vetar uma decisão esdrúxula dessas?

* A situação é tão ruim com Leiria que jogadores viraram auxiliares técnicos diante do Madureira. Era possível ver Marlon Freitas, Gregore e Alexander Barboza dando instruções ao time. No intervalo, foi Gregore quem comunicou à transmissão quais as alterações seriam feitas. De novo: era melhor estar sem treinador.

* Porque Leiria ainda quer implementar suas ideias, dá declarações do tipo “dificuldade em vencer a forte linha defensiva do Madureira”, “não sofremos risco defensivo contra o Nova Iguaçu” ou “jovens vão evoluir pelo confronto contra o Elias, do Sampaio Corrêa”. É técnico para o Resende. Ou não. Afinal, já foi demitido lá duas vezes.

* Contra o Madureira, os melhores lances do Botafogo saíram da dobradinha Rafael Lobato e Mateo Ponte na direita. O que faz Leiria no intervalo? Joga Patrick de Paula para a direita (!) e Lobato para a esquerda, promovendo a entrada injustificável de Vitinho Lopes.

* “Ah, mas o Carlos Leiria tem poucas peças na mão, a diretoria ainda não deu reforços”. E o Madureira tem muitas peças? Com o que o Botafogo tem, mesmo com time misto, é obrigação vencer o Madureira sem sustos. Com Leiria, o Botafogo corre risco de ficar fora até mesmo da Taça Rio.

Fonte: Redação FogãoNET

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