* Ao ver como foi o sorteio e o chaveamento a partir das oitavas de final da Libertadores, foi impossível não pensar que o Botafogo teria caminho melhor se tivesse terminado como líder do grupo. O clube “abriu mão” dessa possibilidade ao escalar time misto diante do Junior Barranquilla e ficar no 0 a 0, com direito a cera no fim.
* Caso tivesse vencido, o Botafogo poderia enfrentar o frágil Colo-Colo nas oitavas, pegar River Plate ou Talleres nas quartas e possivelmente Atlético-MG ou Fluminense na semifinal. Um caminho menos encrencado do que pegar o Palmeiras nas oitavas e ter mais brasileiros no lado da chave, como São Paulo, Flamengo e, provavelmente, Grêmio.
* Mas já foi, está feito. É outro campeonato a partir de agora, quem quer ser campeão não pode escolher adversário. Até porque os possíveis oponentes do Botafogo eram rivais brasileiros, times de altitude ou (esse aparentemente mais fácil) o Junior Barranquilla. Para cima do Palmeiras!
* O duelo certamente é o que gera mais expectativa nas oitavas de final. Serão dois grandes jogos, entre dois grandes times. Vai render debate, vai ter casa cheia, devem ser as partidas da TV aberta. Se o Botafogo deu azar no sorteio, o Palmeiras também deu. Ou, como diz Artur Jorge em frase que viralizou relacionada a outros confrontos, “eles também vão enfrentar o Botafogo”.
* Ganha peso ainda pelo contexto, pelo ano passado, pelo certo clima de revanche, pela “rivalidade” John Textor x Leila Pereira. É uma oportunidade enorme para o Botafogo mostrar força e vencer seus próprios traumas. E, se passar, o time alvinegro vai muito fortalecido para o restante da competição.
* Por fim, fica a torcida que a arbitragem da partida seja estrangeira. Melhor um nome internacional, alheio à pressão, do que qualquer um dos juízes nacionais. Principalmente se for um dos figurões que costumam estragar jogos.
