Pitacos: Botafogo cria aura no Nilton Santos e torna noites de Libertadores especiais; voltamos a vibrar

Pitacos: Botafogo cria aura no Nilton Santos e torna noites de Libertadores especiais; voltamos a vibrar
Vítor Silva/Botafogo

* O Estádio Nilton Santos tem aura. Sempre teve. Desde a inauguração com vitória do Botafogo por 2 a 1 sobre o Fluminense em 2007 ou no primeiro jogo como dono, no triunfo por 1 a 0 sobre o River Plate. Mas esse fator casa aumentou e se tornou mais importante ao longo do tempo, especialmente na SAF.

* É importante lembrar que foi em 2017 que o clube conseguiu trocar o nome para Nilton Santos e pintou as cadeiras de preto e branco. Naquele ano já houve noites memoráveis de Libertadores no estádio, como contra Colo-Colo, Olimpia, Estudiantes, Atlético Nacional e Nacional-URU. A partir principalmente de 2023, a história fica ainda mais intensa.

* Com gramado sintético, iluminação especial, labaredas nos gols, mosaicos e festas da torcida, o estádio é cada vez mais casa do Botafogo. E faz diferença. Como fez novamente na vitória por 3 a 2 sobre o Estudiantes, nesta quarta-feira, pela Libertadores.

* “Sabemos o quanto as noites são especiais de Libertadores são especiais no Niltão”. Quem disse primeiro a frase foi Alex Telles, ainda no domingo. E ele tem razão. O Botafogo começa a criar mística no estádio, atmosfera favorável que o ajuda a ganhar jogo.

* É só lembrar das vitórias sobre Aurora, Red Bull Bragantino, Universitario, LDU, Palmeiras e Peñarol na histórica Libertadores de 2024. A goleada sobre o Peñarol, inclusive, é o maior jogo da história do estádio.

* Tão importante quanto o fator casa foi poder voltar a vibrar com o Botafogo. Depois de tudo o que foi conquistado em 2024 e do início turbulento em 2025, estava difícil torcer, ter alegria real, comemorar, se animar. A vitória sobre o Estudiantes certamente emocionou, acendeu a chama de novo, fez torcedores gritarem na janela, contagiou novamente o time.

* Ganhar Libertadores e Campeonato Brasileiro em 2024 deixou em muitos uma sensação de “zeramos o game”, de barriga cheia, de “alcançamos o topo da montanha”. Demorou um pouco, mas talvez o Botafogo e a torcida já tenham começado a tentar fazer de novo.

* E aí, entra que o time de Renato Paiva está ganhando corpo, indubitavelmente. Compete mais, cria mais, defende mais, ataca mais, finaliza mais. Fazia ótima atuação contra o Estudiantes até abrir 2 a 0 e ter um pênalti bizarro contra.

* Foi um momento psicológico do jogo. A confiança do time diminuiu, o estádio esfriou, havia a dúvida entre buscar o terceiro gol ou administrar a vantagem. Veio o empate do Estudiantes.

* Em outras épocas, poderia fazer o fio virar e o Botafogo ruir. Entrou o mental forte, de se manter no jogo, de buscar a vitória com um golaço de Artur e, também importante, não deixar mais a bola rolar após o gol. Não teve mais jogo. Não precisava.

* Renato Paiva, tão criticado, merece elogios. Tem o seu dedo nas mudanças no time, na dobra de laterais pela esquerda, no crescimento de produção de Artur, na escolha por Rwan Cruz nesse jogo. Tem principalmente a formação de uma equipe e de um padrão, que está em evolução física, técnica, tática e mental. Falta, talvez, leitura mais rápida para substituições. Mas há um trabalho acontecendo e ganhando forma. Que bom.

* Tem o dedo de Paiva também em gesto de xingamento em tom de brincadeira a um auxiliar. Que alguns interpretaram como ofensa à torcida. E não era. O Botafogo não precisa criar crises onde não tem, é hora de curtir, de desfrutar um pouco e de se preparar para que venham novas noites mágicas no Estádio Nilton Santos (além de começar a jogar melhor fora de casa).

Fonte: Redação FogãoNET

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