* O Botafogo cumpriu a missão que seu planejamento indicou. Ainda que não concordemos com o desdém com Supercopa e com Recopa Sul-Americana (com Campeonato Carioca até vai), era claro que o objetivo era “chegar vivo” ao segundo semestre. E o time chegará.
* Classificado para as oitavas de final da Libertadores e da Copa do Brasil e no bolo no Campeonato Brasileiro (podendo melhorar por ter um jogo ainda a disputar, contra o Ceará). Hoje, já se poderia estar lamentando o fim da temporada. Mas o Botafogo resistiu, se virou como pôde, superou problemas e desfalques e avançou.
* A pena é que quando enfim o time parece estar se reconstruindo, ganhando corpo e competitividade, voltando aos trilhos, terá que voltar algumas casas. A possibilidade de saída de jogadores como Jair, Cuiabano, Gregore e Igor Jesus vai obrigar o Botafogo a uma nova reformulação, que demanda tempo e reforços.
* Uma grande preocupação é pela saída de Igor Jesus. Aqui a questão não é analisar o negócio em si, mas o quanto o centroavante joga e faz o time jogar, o quanto é importante, gera jogo, pressiona adversários, marca, arma e faz gols. Um tipo de atacante difícil de encontrar. E que o elenco está longe de ter alguém para substituir.
* Gregore, se sair, também deixará uma lacuna enorme. Está jogando demais, tem liderança, força, raça, cobre espaços, se impõe. Díficil achar reposição no mercado.
* Renato Paiva de certa forma demorou a encontrar um time e a ter um Botafogo mais consistente. Parece que terá que remontar novamente. Que ao menos a diretoria invista bem e dê reforços de alto nível. Afinal, se o Botafogo “se classificou para o segundo semestre”, agora terá desafios maiores.
* Diante do Santos, enfim veio a primeira vitória fora de casa. Muito na conta de Neymar, expulso de forma infantil por fazer gol com a mão. Até aquele momento, a impressão é o que o time santista estava perto de abrir o placar.
* O Botafogo novamente jogou com três volantes fora de casa, o que tem virado rotina com Renato Paiva. Desta vez, não há muito como culpar o treinador. Quase não tinha opções (confiáveis) para formar a equipe e o banco de reservas. Como poderia ter feito diferente?
* De positivo, ficam principalmente as atuações de David Ricardo e Gregore, que foram dois monstros. John deu alguns sustos, mas fez grandes defesas. Artur foi o melhor do setor ofensivo e acabou premiado com o gol.
* Nesta segunda-feira, há sorteio da Libertadores e da Copa do Brasil. O Botafogo já chega como um dos adversários temidos e que ninguém quer enfrentar. Um bom sinal. Que venha mais.