* Por que o Botafogo poupou jogadores na derrota por 1 a 0 para o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro? Está poupando para o quê? Vai jogar a Copa Intercontinental no fim do ano? Tem Libertadores ou Copa do Brasil ainda?
* Essas respostas são apenas algumas das que nunca saberemos as respostas. Mas quem é que cobra o treinador, que traça ou participa do planejamento do clube? Cadê o diretor de futebol?
* No último jogo de 2023, contra o Internacional, Tiago Nunes “poupou” seus atacantes, Tiquinho Soares, Júnior Santos e Victor Sá. Nunca entendemos o motivo. Na Supercopa do Brasil, Carlos Leiria admitiu que poupou Bastos, com aval da coordenação de futebol, para o jogo com o Nova Iguaçu em Moça Bonita. Agora, Davide Ancelotti vai mudando como bem entende, parecendo não compreender o contexto em que está inserido.
* Começou no jogo decisivo com o Vasco pela Copa do Brasil, que resultou na eliminação. Não era hora de sacrifício? Vimos Fabrício Bruno ser titular da Seleção Brasileira na altitude e jogar pelo Cruzeiro dias depois. Vimos Jean Lucas atuar no dia seguinte ao jogo do Brasil. Vimos Saul, do Flamengo, chegou em Caxias do Sul no dia da partida contra o Juventude e teve boa atuação. Por que no Botafogo não se pode?
* Vitinho e Savarino ficaram no banco contra o Vasco, Danilo nem entrou. A justificativa de Davide Ancelotti foi que ele perdeu treinos durante a semana e não tinha condição de jogo. Então por que foi para o aquecimento quando Marlon Freitas sentiu logo no início do jogo? Para completar: se Danilo não podia jogar quinta, como é escalado de ponta-direita (?!) domingo e atua por 100 minutos?
* Eliminado da Copa do Brasil, o Botafogo poderia reagir contra os reservas do São Paulo, clube que está focado na Libertadores. Mas Davide poupou (?!) Alexander Barboza, Alex Telles e Marlon Freitas. Até mesmo Álvaro Montoro. Aliás, se o argentino não tinha condições, por que viajou para ficar no banco?
* Por que Neto é titular do Botafogo? Aliás, por que foi contratado? Quem deu o aval? O goleiro está lento, sem tempo de reação e sem reflexos. Comete erros que custam caro, como contra Vasco e São Paulo. Pensamos que a experiência de contratar veteranos para a posição era apenas do associativo, como houve outrora Carlos Germano, Roger e Diego Cavalieri. Mas em uma SAF não faz qualquer sentido. Era melhor ter mantido Gatito Fernández, que ao menos era ídolo e tinha identificação.
* E não é apenas no gol, o Botafogo tem jogadores que dão sinais que não aguentam o nível de intensidade do futebol brasileiro. Como Allan e Mastriani. O volante é um dos nossos, botafoguense, tem liderança e experiência, mas desde sua chegada não conseguiu render dentro de campo. Já o centroavante uruguaio, pedido por Renato Paiva, é figura ilustrativa, apenas completa treinos e delegações em viagens. E Joaquín Correa, com 17 jogos, zero gols e zero assistências?
* Vale lembrar aqui que o Botafogo teve 11 dias sem jogos na data Fifa, deu quatro dias de folga e piorou no período. O time caiu tecnicamente e teve problemas físicos. Perdeu Artur por lesão, Arthur Cabral tem edema ósseo, poupou jogadores contra Vasco e São Paulo.
* No Brasil, muito se pede tempo para treinar. Quando há, são dados dias de folga, a equipe perde ritmo de jogo e atletas baixam o nível competitivo. No Botafogo, isso tudo é em meio ao trabalho com uma comissão técnica que pela primeira vez atua no Brasil. Fica difícil.
* Davide Ancelotti vive sua primeira experiência como treinador. Um dos desafios de técnicos é conseguir reverter momentos ruins. Será que ele vai conseguir? Fica o enigma para os próximos jogos.
