Pitacos: Botafogo fica no dilema do copo meio cheio ou meio vazio; problema é frustrar torcida quando não precisava, mas time se fortalece na Libertadores

Elenco em Junior Barranquilla x Botafogo | Copa Libertadores 2024
Vítor Silva/Botafogo

* Sob qual ótica deve ser visto a classificação do Botafogo em segundo lugar na fase de grupos da Libertadores-2024? A do copo meio cheio da vaga antecipada em incrível reação após perder os dois primeiros jogos? Ou a do meio vazio de ter desperdiçado a oportunidade da liderança no empate em 0 a 0 com o Junior Barranquilla?

* O principal problema é que a última impressão é a que fica. O Botafogo, com Artur Jorge, escolheu poupar parte do time e usar reservas quando precisava da vitória para ser líder. É isso que frustrou a torcida, porque o andamento do jogo indicou que dava para vencer. Com equipe mista, o Glorioso já foi superior (até a tola expulsão de Diego Hernández), imagine com os titulares.

* De onde vem a decisão? O Botafogo poupou em 2023 no jogo de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana contra o Defensa y Justicia, no Nilton Santos, tropeçou e viu o fio virar. Na última partida do ano, sabe-se lá por quê, Tiago Nunes poupou Júnior Santos, Victor Sá e Tiquinho Soares contra o Internacional, quando uma vitória colocaria o Botafogo na fase de grupos da Libertadores. Quem entende? Essas decisões não são explicadas nem compartilhadas com a torcida.

* A diferença em 2024, que pesa a favor da visão de “copo meio cheio”, é que o elenco é mais forte e o time está ganhando casca. Já deram o Botafogo como eliminado quando o sorteio indicou confronto com a Red Bull Bragantino na terceira fase da “Pré-Libertadores”, já apostaram que não ia adiante por ser do pote 4 na fase de grupos, já decretaram queda quando perdeu os dois primeiros jogos. O Botafogo contrariou essas expectativas mostrando força.

* Hoje, o Botafogo tem capacidade de decidir dentro ou fora de casa. Provavelmente, terá mais ainda em agosto, com mais tempo para trabalho de Artur Jorge, com retorno de lesionados e com reforços.

* No fim, os próximos confrontos vão depender mesmo é da sorte. Como segundo colocado, o Botafogo pode enfrentar um líder de grupo forte, mediano ou mais fraco. Se fosse primeiro colocado, poderia pegar um rival de nível fácil ou difícil. Enfim, não importa mais e não dá para escolher adversário.

* Faltam sete jogos para o sonho de glória eterna na Libertadores. O Botafogo não tem mais como poupar, no mata-mata vai ser a hora de mostrar força e qualidade para que, no fim das contas, dando tudo certo, ninguém nem lembre que o time se classificou em segundo lugar no grupo.

Fonte: Redação FogãoNET

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