Pitacos: Botafogo pagou preço por mudar demais a característica do time; é tirar lições e reagir

Gregore e elenco em Botafogo x Cruzeiro | Campeonato Brasileiro 2024
Reprodução/Premiere

* A derrota do Botafogo para o Cruzeiro no Estádio Nilton Santos, pelo Campeonato Brasileiro, foi merecida. Ainda que os números indiquem um placar elástico demais (0 x 3), fato é que o time mineiro foi superior e mais inteligente em sua proposta.

* O pecado do Botafogo foi mudar demais a característica da equipe. Artur Jorge prefere dizer que não poupou jogadores, mas tirou cinco titulares e mexeu demais na estrutura. Foi o fator determinante.

* Falamos bastante aqui sobre jogadores agudos e com capacidade de agredir. São fundamentais no esquema do Botafogo. Júnior Santos se machucou, Cuiabano estava suspenso e Luiz Henrique no banco. O time ficou sem improviso, sem drible, sem um contra a um, sem gerar desequilíbrios ao adversário.

* Foi um Botafogo pesado, sem tanta intensidade e que tentou marcar à frente. Outro grande erro. Ao abrir espaços para um time veloz, deixava sua defesa exposta diversas vezes, como nos dois primeiros gols. Não tem como apertar a saída de bola com Tiquinho Soares, Igor Jesus, Óscar Romero e Savarino. Ou com Marçal e Tchê Tchê saindo demais e não conseguindo voltar a tempo.

* O ataque com Igor Jesus e Tiquinho até produziu algumas jogadas, levou perigo, criou chances, finalizou. Faltava mais gente para produzir e acioná-los. Savarino e Óscar Romero são mais de construir do que de partir para cima, têm dificuldades na recomposição. Savarino ainda foi melhor no jogo, Romero foi peça nula.

* No meio, outro problema parece ser a escalação de Danilo Barbosa e Tchê Tchê como volantes. Os dois não conseguem preencher espaço tão grande do campo que o sistema pede (como fazem Gregore e Marlon Freitas), cercam mais do desarmam e carregam mais a bola do que lançam. Ambos são bons jogadores, mas não estão nas melhores fases e têm dificuldades de dar solidez ao meio.

* Lucas Halter foi outra mudança que não funcionou. Sem ritmo, foi vencido facilmente pelos atacantes e cometeu falhas. Se era para mudar tanto, pelo menos a zaga titular poderia ter sido mantida para dar alguma estabilidade, com Bastos e Alexander Barbosa.

* Perder no futebol faz parte. O importante neste momento é o Botafogo tirar lições e reagir. Todos os times oscilam, sofrem derrotas e baques pelo caminho. O negócio é não se desesperar, voltar ao rumo e seguir competindo. O time tem condições para isso.

* Com Alexander Barboza, Cuiabano, Gregore, Marlon Freitas e Luiz Henrique, será um Botafogo bem mais encorpado para enfrentar o Bahia, pela Copa do Brasil. Ainda que com aquela falta de profundidade no ataque que tanto citamos. Dá para acreditar, se reencontrar e seguir sobrevivendo ao insano calendário brasileiro, até a chegada de novos reforços que encorpem mais o elenco e, aí sim, deem maior possibilidade de poupar jogadores quando necessário sem o time sentir tanto.

Fonte: Redação FogãoNET

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