* Não tem muito tempo, jogadores como Danilo Barbosa, Gustavo Sauer, Luis Henrique e Victor Sá estavam sendo tratados pelos mais críticos quase como “descartáveis” no Botafogo. Não demorou muito, e eles já começam a recuperar espaço e mostrar que podem ser úteis.
* Futebol é dinâmico e, no Brasil, é muito intenso, com pressão enorme e análises definitivas a cada rodada. Nesse ponto, fizeram bem Luís Castro e sua comissão técnica. Mantiveram a prudência, o trabalho e a confiança no elenco. Sabem que não é para descartar jogador a cada erro, até porque não é assim que se forma um grupo.
* A subida de produção dos jogadores tem nuances individuais, mas vai muito da parte coletiva. O Botafogo melhorou como time, tem mecanismos mais ajustados, organização, uma espinha dorsal, conceitos definidos. Facilita para quem entrar.
* Isso vale também para jogadores que antes eram titulares absolutos e hoje voltaram a disputar posição. Como Lucas Fernandes, Tchê Tchê, Gabriel Pires e Rafael. Uma hora terão chance novamente e poderão retornar à equipe de vez. Ou não. A oscilação é normal.
* Luís Castro acerta também na forma de rodar o elenco. Time reserva contra o Audax, quando era possível, mudança de dois ou três titulares por jogo, substituições para preservar jogadores importantes… a maratona de jogos de abril a junho indica que é preciso trabalhar bem a minutagem, manter os atletas em bom nível físico e se prevenir para evitar lesões.
* A goleada por 4 a 0 sobre o Universidad César Vallejo (PER) foi praticamente um treino. O Botafogo mostrou virtudes e força para não dar qualquer chance ao adversário. Era o que se esperava e se cobrava no Campeonato Carioca. Mas o crescimento veio em boa hora. Se era estratégia interna – uma preservação para as competições mais importantes -, seremos os primeiros a dar o braço a torcer e reconhecer que o planejamento estava certo. Afinal, o que a torcida do Botafogo quer é ser feliz, como foi nesses dois últimos jogos no Estádio Nilton Santos, e poder voltar a sonhar com títulos.