* A torcida do Botafogo, em parte, tem uma fama de pessimista e de desconfiada. o curioso é notar que no jogo com o Universitario (PER), pela Libertadores, o clima era de total otimismo. Parecia que a maioria dos botafoguenses já sabia que a classificação viria.
* A confiança veio pela reação da equipe com Artur Jorge e pela vitória do Junior Barranquilla sobre a LDU na terça. O tom ficou todo em “o Botafogo pode garantir a classificação na quinta”. Ninguém falou que o “Botafogo poderia se complicar com derrota”. E olha que até a vaga na Sul-Americana ficaria complicada.
* O quanto impacta pensar positivo ou negativo? Difícil responder. Mas certo é que o Botafogo entrou com o objetivo de se classificar e se classificou. Ainda que o Universitario não seja um primor tecnicamente, era um jogo chato, contra um adversário que quase não perde em casa, em um campo grande e lento.
*E nunca é demais lembrar que o Botafogo tinha desfalques, como Tiquinho Soares, Marçal, Óscar Romero, Diego Hernández e até Eduardo, se considerarmos que ficou apenas no banco. Talvez até pelo número reduzido de opções ofensivas Artur Jorge optou por três volantes.
* O Botafogo não ganhou no estilo Artur Jorge, ofensivo, propositivo, envolvente. Foi algo mais próximo de Luís Castro fora de casa, com uma defesa consistente, meio combativo e ataque letal para aproveitar alguma das poucas chances. O que também é bastante válido. É preciso saber se adaptar a contextos e ocasiões.
* A vitória passou por Bastos na zaga, Marlon Freitas no meio, Júnior Santos no ataque e à entrada de Jeffinho. Foram os destaques do jogo.
* Era importante o Botafogo seguir na Libertadores. Agora, a tendência é esse time crescer, tendo mais opções. Tiquinho Soares, Eduardo, Allan e Igor Jesus vão dar mais corpo ao elenco. E ainda tem Marçal, Rafael, Pablo, Óscar Romero, Diego Hernández, quem sabe mais reforços… Enfim, dá para acreditar que o Botafogo virá forte para o mata-mata. O sonho segue vivo.
