Pitacos: ‘é no tempo do Botafogo’ parece ser o lema de 2025; clube não cede a pressões externas e tem crédito, mas terá que provar novamente

John Textor e Alessandro Brito em carreata do Botafogo pelo título da Libertadores
Arthur Barreto/Botafogo

* O “É tempo de Botafogo” em 2024 deu vez ao “É no tempo do Botafogo” em 2025. O clube não cede nem se curva a pressões externas, seja de empresários, jogadores, imprensa ou até mesmo torcida. Se vai dar certo ou não, é exatamente o tempo (e o campo) que vai dizer. Mas não há como negar que há um crédito enorme pelo histórico ano passado.

* John Textor, desde que chegou ao Botafogo em 2022, mostra que não é de se render a pressões. Enderson Moreira foi rapidamente demitido porque, entre outros motivos, cobrava reforços no início do ano. Artur Jorge e seu empresário agiram via imprensa por valorização. Não rolou. Há empresários de jogadores valorizando seu ativos colocando notícias na mídia, seja de propostas ou de interesses de outros clubes. O que não comove o Botafogo.

* Até mesmo o caso do pagamento de premiações mostrou o Botafogo firme e mantendo sua postura, até porque foi uma tempestade em copo d’água. No fim das contas, como era de se esperar, não teve motim, não teve boicote à reapresentação, não teve aumento substancial. Não dá nem para dizer que está errado um clube que recebe premiação em 27 de dezembro e paga no dia 15 de janeiro. Parece um prazo absolutamente razoável.

* Ainda que não saibamos exatamente o planejamento, o treinador buscado e os jogadores, certamente há algo sendo feito internamente. Em 2022, o time começou capenga, a janela de meio de ano reforçou consideravelmente. Em 2023, o Botafogo topou ficar sem estádio no início do ano para colocar grama sintética, sofreu, depois engrenou primeiro turno espetacular no Campeonato Brasileiro (se perdeu após saída repentina de treinador). Em 2024, se importou tanto com o Carioca que foi bicampeão da Taça Rio, esperou bastante por Artur Jorge, terminou o ano conquistando Libertadores e Campeonato Brasileiro.

* É aguardar para ver como será 2025. Natural que parte da torcida esteja aflita e incomodada. Outra parte, possivelmente a maior, ainda está mais leve, curtindo 2024 em vez de se preocupar com 2025. De qualquer forma, o Botafogo segue seu planejamento. Que parece ver o início do ano literalmente como pré-temporada, tempo de preparação, ainda que haja Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana.

* O Botafogo topou abrir mão de jogadores experientes e de salários mais altos, teve saídas esperadas como de Luiz Henrique e Thiago Almada e pode perder peças importantes como Gregore e Júnior Santos. Poderia – deveria – já ter um treinador. Quanto ao time, a promessa desde o fim de 2024 era “vender muito e comprar ainda mais. Certamente vão vir reforços de bom nível, sejam especulados na mídia ou não. A equipe vai ter que se provar novamente. É confiar e acreditar.

* Enquanto isso, o time alternativo conquistou a primeira vitória em 2025, ao bater a Portuguesa por 2 a 0, no Estádio Nilton Santos. Difícil avaliar esses jogos, mas ficaram como pontos positivos Newton, Rafael Lobato, Kauê e Kayke. Que os jovens sigam evoluindo e se tornem opções para o elenco principal.

Fonte: Redação FogãoNET

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