* O Botafogo vive um 2025 irregular, para dizer o mínimo, acumulando fracassos. Mas, em termos de resultado, setembro é um dos piores. Eliminação na Copa do Brasil, derrota em clássico e apenas uma vitória (sobre o Atlético-MG) em seis jogos disputados.
* Sabe o que é curioso? A sequência vem logo após a pausa para a data Fifa. Quando se imaginava que o time teria tempo para descansar e para treinar. O que fizeram Davide Ancelotti e sua comissão técnica nesse período? Fica a dúvida, mesmo com o desconto das ausências de Vitinho, Álvaro Montoro, Jordan Barrera e Nathan Fernandes por terem sido convocados.
* O Botafogo, indubitavelmente, piorou. A começar por ter uma série de problemas de lesão. Foi assim com Neto, Alex Telles, Danilo, Artur, Savarino, Joaquín Correa, Arthur Cabral etc. O que está gerando tantas contusões? São treinos em excesso, é intensidade elevada, é controle de carga não tão bem executado? Nunca saberemos. Certo é que a preparação física não está legal. Seja pela quantidade de lesões, pelo desgaste ou pela falta de energia em campo.
* Em relação ao time, Davide Ancelotti não repetiu escalações e não deu um padrão. O Botafogo jogou bem, realmente, nos primeiros 45 minutos do empate com o Mirassol. Só. Muito pouco.
* O estilo adotado é o marasmo. Ver jogos do Botafogo está difícil, a impressão é que cenários se repetem e nada acontece. É um jeito burocrático de jogar, toques laterais curtos, ritmo lento e pouca agressividade no ataque.
* Contra o Fluminense, na derrota por 2 a 0, pelo Campeonato Brasileiro, foi mais um exemplo. O Botafogo leva o jogo em banho-maria, joga (pouco) e deixa jogar. Não tem intensidade, não combate, não adianta linhas, não explora contra-ataques, não muda o estilo burocrático. Quase não ameaça o adversário.
* Não é possível que Davide Ancelotti não se incomode. Pela demora em substituir, parece que não. Todo mundo via que nada acontecia no início do segundo tempo contra o Fluminense, ele só foi trocar aos 18 minutos. E, como mexe mal, o time ainda piora. Fica a impressão que era melhor não ter substituído. O Botafogo em campo é reflexo do seu treinador na beira dele. Apático, sem reações, estático, não vibra, não compete. Não sabe o que fazer quando está em dificuldade.
* E a solução é mudar o técnico? Por incrível que pareça, não. Porque é difícil acreditar que a diretoria que colocou Carlos Leiria, Renato Paiva e Davide Ancelotti em 2025 vá conseguir um treinador melhor que aceite o desafio nos três últimos meses do ano.
* É com Davide mesmo, torcendo para ele enfim se adaptar ao futebol brasileiro, para enfim se tornar treinador e para o time se ajustar. Passa pela volta de jogadores importantes, por encaixe e por sorte. Hoje, o Botafogo está em viés de baixa, enquanto outras equipes melhoram. É reverter isso para conseguir, no mínimo, fechar a temporada com vagas na Libertadores e na Copa do Brasil 2026.