Pitacos: já deram Botafogo como ‘eliminado’ da Libertadores inúmeras vezes desde 2024 e erraram; vitória importante; time precisa de ajustes ofensivos

Pitacos: já deram Botafogo como ‘eliminado’ da Libertadores inúmeras vezes desde 2024 e erraram; vitória importante; time precisa de ajustes ofensivos
Vitor Silva/Botafogo

* Você lembra quantas vezes deram o Botafogo como “eliminado” da Libertadores desde 2024? Cabe relembrar aqui, porque já há um ar na imprensa e em rivais (e até em alguns botafoguenses) de que vencer a LDU por 1 a 0, no jogo de ida das oitavas, no Nilton Santos, é insuficiente.

* Quando saiu no sorteio da “Pré-Libertadores” de 2024 que o adversário seria o Red Bull Bragantino, muitos já falaram que o Botafogo pararia ali. E quando Damián Suárez foi expulso no início do segundo tempo do jogo com o Bragantino no Nabi Abi Chedid? “Já era”, diziam.

* E a fase de grupos em que o Botafogo perdeu os dois primeiros jogos, para Junior Barranquilla e Atlético Nacional? “Caiu”, afirmavam. E quando Tiquinho Soares se machucou no começo e o Botafogo ficou sem centroavante na partida contra o Universitario no Nilton Santos? “Deu ruim”, pensavam. E quando a LDU fez o gol de empate contra o Glorioso no Nilton Santos?

* E quando o Fogão venceu o Palmeiras por 2 a 1 na ida das oitavas e falaram que “90 minutos no Allianz eram muito longos”? E quando Gustavo Gómez fez aquele gol que o VAR identificou toque com o braço? E quando o Botafogo empatou em 0 a 0 com o São Paulo na ida das quartas da Libertadores? E quando o rival empatou no fim no Morumbis e poderia se classificar se Thiago Almada perdesse o pênalti?

* E quando o Peñarol amarrou o 0 a 0 no primeiro tempo com o Botafogo na semifinal? E quando Gregore foi expulso com menos de um minuto na final contra o Atlético-MG? E quando Vargas diminuiu no início do segundo tempo?

* Para não falar só de 2024, e quando o Botafogo em 2025 perdeu dois de seus três primeiros jogos na fase de grupos (contra Universidad de Chile e Estudiantes)? E quando empatava com o Carabobo fora até o último lance? E quando o Estudiantes buscou o empate em 2 a 2 no Nilton Santos? E quando Jair foi expulso com 20 minutos contra La U?

* É um festival de voltas por cima, de tudo vir difícil para o Botafogo. É resiliência e esperança até o fim. A vitória por 1 a 0 sobre a LDU foi importante, abriu vantagem contra um adversário difícil. A LDU não é de sofrer goleadas, é cascuda, tem experiência de Libertadores, sabe amarrar jogos.

* Fato é que o Botafogo precisa reconhecer que tem que melhorar. E, ao que parece, passa por entender que é difícil jogar o tempo todo com três meia-atacante baixos, sem explosão e sem agressividade. O Botafogo de Davide Ancelotti tem goleiro, defesa e meio fortes, falta o ataque. A bola não para na frente.

* Arthur Cabral, apesar de alto, dificilmente ganha duelos na cabeça, segura a bola quando vem em seu corpo apenas. É de área, não gera tanto jogo quanto Igor Jesus gerava, naturalmente. Savarino e Artur são bons coadjuvantes e são criticados pela cobrança de serem protagonistas, o que é mais difícil para eles. Álvaro Montoro é uma promessa, vai oscilar, mas tem um problema, de dificilmente entrar na área, de não atacar o espaço nem aparecer para finalizar em jogadas criadas pelo lado oposto.

* O Botafogo necessita de características diferentes e mais agressivas no time. Chris Ramos pode ajudar, mas parece atuar mais centralizado. Matheus Martins e Nathan Fernandes têm que ser mais utilizados, seja os dois como titulares ou apenas um e o outro como opção para o segundo tempo.

* Ainda há o drama das lesões e falta de opções defensivas. Que Marçal e Alexander Barboza consigam seguir segurando as pontas e o Botafogo continue avançando e sobrevivendo na temporada. Afinal, cada jogo ganha caráter mais decisivo a partir de agora.

Fonte: Redação FogãoNET

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