Pitacos: Jeffinho no banco não é tão absurdo e pode ser estratégia válida; Tchê Tchê faz bom ‘trabalho invisível’ no Botafogo

Pitacos: Jeffinho no banco não é tão absurdo e pode ser estratégia válida; Tchê Tchê faz bom ‘trabalho invisível’ no Botafogo
Vitor Silva/Botafogo

* Jeffinho impressiona. Dribla, é leve, sai para os dois lados, acerta lances de efeito, finaliza e dá assistências. É um joia que o Botafogo tem em mãos. Ao começar no banco de reservas contra o Goiás, houve uma surpresa geral. Mas pode ser uma estratégia válida em diferentes aspectos.

* A começar pelas falas de Luís Castro, em uma espécie de proteção atacante, dizendo que ele “sentiu que ainda há muita coisa para trabalhar”. O treinador, que anteriormente afirmou ter trabalhado com “vários Jeffinhos ao longo da carreira”, tem preocupações como deslumbramento e excesso de confiança, naturais em um jovem. Então, quer Jeffinho cumpra etapas. Faz sentido.

* Jeffinho é tão bom que atropelou etapas. Com 22 anos, em sua primeira Série A, já se destaca e chama atenção no futebol brasileiro. Mas ainda é um garoto, que precisa amadurecer, ter melhor entendimento de jogo e tomadas de decisão mais eficientes. Sem contar que ainda vai evoluir fisicamente, não está completamente pronto. É difícil suportar 90 minutos tão intensos na posição de extremo, tendo que marcar o lateral até o fim e ter força para atacar.

* O atacante, entrando no segundo tempo, vira também uma ótima arma. Descansado e com mais espaços em campo, pode decidir o jogo. Como ajudou na vitória sobre o Goiás, com a assistência para Del Piage. Diante de um adversário fechado e tão faltoso, talvez Jeffinho tivesse mais dificuldades no primeiro tempo e não teria a mesma intensidade na etapa final.

* O problema maior de Jeffinho ficar no banco é que os concorrentes não estão em boa fase. Nem Victor Sá nem Luis Henrique têm feito grandes partidas. Victor, ao menos, ajudou taticamente diante do Goiás, mesmo sem brilhar tecnicamente.

* Quem também merece mais reconhecimento no Botafogo é Tchê Tchê. Com um “trabalho invisível”, jogando para o time e para o treinador, marca bastante, corre o tempo e distribui a bola com qualidade. Não aparece tanto à frente nem faz os gols de fora da área de outrora. Mas dá equilíbrio ao meio-de-campo, mesmo quando há desfalques, como contra o Goiás.

* Na zaga, Adryelson foi um absurdo contra o Goiás. Ganhou todas as bolas pelo alto e por baixo, anulou Nicolas, foi guerreiro o tempo todo. Grande contratação do Botafogo, ainda mais por ser a custo zero.

* A vitória do Botafogo merece ser valorizada também pela atuação consistente. O time de Luís Castro não foi ameaçado e levou perigo diversas vezes ao gol de Tadeu. Foi maduro, organizado e eficiente. E com margem para evoluir, sobretudo na criação ofensiva, o que aumenta a esperança de conquistar vaga na Libertadores ainda este ano.

Fonte: Redação FogãoNET

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