* O que os técnicos mais pedem no futebol é tempo para treinar, desenvolver suas ideias e preparar um time. Assim, é um mistério o que faz o Botafogo em semana cheia de treinamentos. Ou de “destreinamentos”.
* Não vem de hoje, sobretudo com Davide Ancelotti. Lembra da data Fifa de setembro, antes do segundo jogo com o Vasco pela Copa do Brasil? Aparentemente, ali acabou o ano. O time teve lesões, no clube e em seleções, voltou pior e foi eliminado.
* Na ocasião, Davide poupou Danilo na Copa do Brasil. E o escalou quatro dias depois como ponta-direita no Morumbis contra o São Paulo. Perdeu o jogo e o jogador por um período relevante. Fez sentido?
* É simplesmente bizarra a quantidade de lesões que o Botafogo tem em semanas de treino. Muito mais que em 2024, quando o Botafogo fez 75 partidas e foi o time que mais jogou no ano.
* Essa conta, pelo visto, é do preparador físico Luca Guerra. Afinal, seus métodos estão sendo discutidos internamente. É carga excessiva em treinos? Segue o que recomendam fisiologia e Núcleo de Saúde e Performance? Conhece o futebol brasileiro? Está preparado? E o pior: mesmo se forem treinos muito fortes, o time não se destaca fisicamente. Pelo contrário, termina jogos se arrastando.
* Davide Ancelotti tem a responsabilidade por ser o líder da comissão técnica. E também, obviamente, por ser o treinador de um time que piora tática e tecnicamente. O Botafogo é um deserto de ideias ofensivas. E a solução testada nos dois últimos jogos foi a cobrança de lateral direto para a área. Muito pouco.
* Com essa comissão e um Botafogo todo remendado, o empate com o Mirassol até que não foi um resultado ruim. Mas a atuação foi pavorosa. O time de Davide Ancelotti simplesmente não joga bola. Não dá qualquer motivação ao torcedor para ver os jogos.
* Agora, com o time despedaçado, vêm jogos quarta e domingo. O Botafogo tem que sobreviver e resistir ao seu próprio treinador, ao seu próprio preparador físico e à ausência de um diretor de futebol de peso. Resta torcer.
