Pitacos: não era para Botafogo tropeçar contra o Cuiabá, mas saber reagir a resultados ruins é fundamental; arbitragem ‘libera’ antijogo

Pitacos: não era para Botafogo tropeçar contra o Cuiabá, mas saber reagir a resultados ruins é fundamental; arbitragem ‘libera’ antijogo
Vitor Silva/Botafogo

* É óbvio que o Botafogo não deveria ter tropeçado no Cuiabá, ainda mais em reta final do Campeonato Brasileiro e da temporada 2024. Não dá para reclamar que faltou luta, garra ou vontade, mas faltou eficiência para definir. Dois pontos importantes deixados para trás.

* Porém, o mais importante neste momento é saber reagir a um resultado ruim. E aqui não falamos de torcedores, que têm direito de ter suas reações, sejam elas positivas ou negativas. A questão é o time. É cabeça no lugar, manter o foco e o trabalho que trouxe o Botafogo até aqui.

* Este mesmo Botafogo já teve outros tropeços ou resultados inesperados e reagiu bem. Em maio, saiu de uma derrota em casa para o Bahia, para vitória sobre a LDU, empate com o Fortaleza lá e vitória sobre o Universitario, no Peru. Se frustrou ao empatar com o Junior Barranquilla fora, mas venceu Corinthians, Fluminense e Grêmio em seguida. Perdeu para o Juventude, emendou classificação sobre o Palmeiras na Libertadores e goleada sobre o Flamengo no Brasileirão. Empatou com o Grêmio em Brasília, ganhou do Athletico-PR fora. Empatou com o Criciúma no Maracanã, aplicou 5 a 0 sobre o Peñarol e 1 a 0 sobre o Red Bull Bragantino.

* É claro que há uma frustração porque o Botafogo poderia manter os seis pontos de vantagem sobre o Palmeiras. Mas, se voltarmos três rodadas, a diferença era de apenas um. Hoje são quatro pontos. Vida que segue, campeonato que segue. O Botafogo de outrora se abalava com tropeços, caía em uma espécie de areia movediça e não conseguia sair. Este atual é diferente.

* Contra o Cuiabá, o Botafogo criou, pressionou, botou bola na trave, terminou com um monte de atacantes. Fez de tudo para tentar vencer. Faltou capricho, eficiência, a bola entrar, chame do que quiser. O que dá para lamentar é a postura inicial, demorando demais a entrar no jogo. E é possível perceber que o time, ótimo e muito bem treinado por Artur Jorge, precisa de soluções diferentes quando enfrenta adversário retrancado e que não quer jogo (como São Paulo, Criciúma, Grêmio e Cuiabá).

* É difícil entender Eduardo como uma das primeiras opções para entrar, ainda voltando de lesão, sem ritmo, sem entrosamento com um novo time que se formou durante o período de sua lesão. Acaba contribuído pouco em campo. Assim como Tiquinho Soares, que ao menos pesa a área e é mais uma opção no jogo aéreo. Mas ambos podem e precisam mostrar mais.

* Absurdo foi a arbitragem liberar o antijogo do Cuiabá. Desde o início, diversos jogadores caíram no chão, rolaram, enrolaram o jogo, fizeram de tudo para amarrar a partida, com a permissão do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima. Bizarro. Como prêmio, o juiz ainda deu apenas sete minutos de acréscimo no segundo tempo.

* Podem ficar como preocupações o fato de o Botafogo ter que ir todo desfalcado, provavelmente sem o ataque titular, contra o Atlético-MG, ainda ter o jogo com o Palmeiras na semana da final da Libertadores e um duelo com o Internacional. Mas não é hora de desanimar. Seja qual tiver sido a reação do torcedor no empate com o Cuiabá, o momento ainda é de jogar junto e estar nas trincheiras lutando pelo Botafogo, porque chegaram os 30 dias que vão definir a temporada.

Fonte: Redação FogãoNET

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