* Como pode Eduardo ter chegado ao Botafogo como um jogador versátil, capaz de fazer várias funções no meio-campo e até falso 9, e agora estão tão mal? O experiente atleta caiu muito de rendimento desde o primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2023.
* No ano passado, Eduardo deixou a desejar pelo pouco poder de decisão, por perder gols que poderiam mudar histórias e por sumir em jogos. Poderia ser o cansaço e o fato de não ter um reserva à altura? Poderia. Mas o fato é que ele não começa bem 2024.
* Ainda que se tenha que relevar que houve pouco tempo de pré-temporada e que ele ainda esteja adquirindo a melhor forma, era de se esperar mais dele. Tem participado pouco, não ganha os duelos, não marca, pouco arma e quase não finaliza. Desse jeito, vai acabar perdendo vaga na time.
* Há de se ponderar que o esquema de Tiago Nunes também um pouco o jogo para Eduardo. Vira uma espécie de meia-direita, posição em que precisaria ter mais força e criatividade. Mas também não tem ido bem quando é deslocado para volante.
* Entra um fator importante, que pode ter influenciado na derrota do Botafogo por 1 a 0 para o Boavista. O esquema com três defensores de Tiago Nunes, um misto entre 3-4-3 e 3-4-1-2, ainda não encaixou. E dá para dizer que desde a reta final do ano passado.
* O esquema é mais complexo, mas será que o Botafogo está precisando mais de complexidade ou de simplicidade? Talvez fosse melhor jogar primeiro no usual 4-2-3-1, com os jogadores nas posições em que estão acostumados, para o time retomar a confiança e o caminho. Depois, se for o caso, poderiam ser feitos testes.
* Um dos argumentos é que não há lateral-direito disponível. Mas não seria melhor improvisar um jogador na lateral do que mudar vários de posição no novo esquema?
* O mais sacrificado é Victor Sá, ótimo ponta-esquerda que tem que atuar como ala-direita (Júnior Santos é outro que tem atuado por ali). Danilo Barbosa, volante, vira zagueiro pela direita, perdem-se o combate e a lucidez que tem no meio. Lucas Halter, que era zagueiro pela direita no Goiás, vira quase um líbero, podendo sair menos para o combate e para o jogo. Alexander Barboza vira um híbrido de zagueiro e lateral, sendo forçado a iniciar jogadas ofensivas. Hugo (ou Marçal) nessa esquema ataca mais avançado, onde é necessário ter criatividade, leitura e soluções rápidas. Eduardo e Jeffinho viram meias-pontas. Precisava mudar tanto?
* Ainda que pareça cedo, por ser terceira rodada da Taça Guanabara, falta um mês para a Pré-Libertadores para o Botafogo. O que preocupa é que ainda não tem time nem elenco. Vai arriscar assim mesmo?