* Chay chegou ao Botafogo fazendo a diferença tecnicamente com gols e assistências, além de cair rapidamente nas graças da torcida. É o jogador ofensivo mais criativo do time (enquanto Ronald leva perigo com jogadas de velocidade). Por que tem que ser substituído todo jogo? Nos dois últimos foi no intervalo.
* Contra o Náutico, Marcelo Chamusca creditou a mudança a uma “preservação de Chay” e “cuidado com o aspecto fisiológico”, por “ter sofrido no processo de recuperação de um jogo para o outro”. Não seria melhor o treinador criar soluções de jogo para Chay se desgastar menos?
* Chay joga aberto pela esquerda, como extremo, tendo que fazer o corredor, ajudar na marcação, iniciar ataques e chegar para concluir. Chamusca poderia o colocar como meia por dentro, na posição de Marco Antônio, que não vem rendendo bem. Deixaria Chay livre para jogar e ser perigoso na frente, sem tanta obrigação defensiva.
* Marco Antônio, aliás, não tem feito por merecer a vaga de titular. Mas Chamusca o mantém e dá chances até demais. O meia passa a maior parte do jogo sumido, quase encostado em Rafael Navarro, não ajuda na marcação e cria muito pouco.
* O Botafogo terminou o jogo com o Sampaio Corrêa com Warley como lateral-esquerdo. O jogador já atuou como extremo nos dois lados e também como lateral-direito. Muitas vezes muda de função durante a partida. Se fosse uma sumidade técnica, OK. Mas passa longe disso. Deve ficar ainda mais confuso com tantas alterações.
* Passados quatro jogos, Rafael Moura segue pesado, fora de forma e pouco contribuindo dentro de campo. O melhor até agora foi uma roubada de bola, por esperteza, na origem do gol de Felipe Ferreira sobre o Náutico. O Botafogo não deveria ter buscado um centroavante que estivesse em atividade, em vez de um de 38 anos parado há três meses?
* O Botafogo creditou à grave situação financeira a criticada venda de PV por apenas R$ 2,6 milhões (25% dos direitos econômicos), podendo chegar a R$ 3 milhões. Como vai resolver vendendo seus principais ativos por valores tão baixos? Enquanto isso, gasta com jogadores que não atuam, como Barrandeguy e Rhuan, faz contratos de dois anos com Marcinho e Felipe Ferreira, aposta em Ricardinho, renova com Rickson para não o usar mais etc. Sem contar as despesas com os lesionados Gatito Fernández e Diego Cavalieri. Ou aquelas renovações do fim do ano de Saulo, Helerson, Luiz Otávio, Lucas Campos e Kelvin.
* Foram quatro jogos fora de casa na Série B, três contra adversários inferiores (Vila Nova, Londrina e Sampaio Corrêa) e um duelo parelho que dava para ter no mínimo pontuado (Náutico). O Botafogo fez apenas dois pontos. É preciso melhorar e se impor mais. O time despencou para décimo na tabela, mas o atenuante é que tem um jogo a menos e terá muitas partidas em casa. Mas, se não reagir logo, o acesso vai ficar complicado.