Pitacos: pouco se fala, mas o Botafogo precisa de reforços para o ataque inclusive para as pontas

Pitacos: pouco se fala, mas o Botafogo precisa de reforços para o ataque inclusive para as pontas
Vitor Silva/Botafogo

* “O Botafogo está bem servido de pontas”. O comentário é comum e faz sentido. Mas há uma questão que não tem sido debatida. Com o esquema ofensivo de Artur Jorge, vai ser preciso ter mais opções no ataque pelos lados.

* Para centroavante, é óbvio que o Botafogo precisa de alguém além de Tiquinho Soares (que entrou bem demais contra o Atlético-GO). Ainda mais depois de vender Janderson. O clube deve arriscar ficar apenas com Matheus Nascimento como reserva (e olha que se machucou) até o meio do ano, quando vai chegar Igor Jesus. É o ideal?

* Outro problema passa a ser nas pontas. Jeffinho, Luiz Henrique e Júnior Santos são ótimas opções, mas como Artur Jorge coloca os três juntos fica sem opções com as mesmas características no banco. A principal alternativa é Savarino, não tão forte e veloz, mais técnico, porém não bem diante do Atlético-GO. A outra saída do treinador tem sido usar Óscar Romero aberto pela direita, o que ainda não funcionou, até porque ele precisa de ritmo e entrosamento. Com um detalhe adicional: Savarino e Romero podem ser desfalques por longo tempo se forem convocados para suas seleções na Copa América.

* Quando saem os pontas no segundo tempo (Jeffinho e Luiz Henrique), o Botafogo fica sem força de ataque. Imagina se ainda tivesse um Victor Sá no elenco? Seria bom, não é? Quando entram Savarino e Óscar Romero, o time perde velocidade. Contra o Atlético-GO, foi pressionado até o fim, ficou sem escape e teve que segurar a vitória por 1 a 0 com pitadas de sofrimento.

* Outra questão no esquema de Artur Jorge está em Júnior Santos. Por ter características únicas de força, velocidade, dribles e finalização, fica sem um substituto no elenco. Fica a incógnita de como Eduardo será utilizado pelo treinador. Difícil imaginar que seja um dos dois volantes ou um dos pontas, então sobra para ele brigar por essa vaga de segundo atacante.

* Não é o caso de ficar falando em contratar por contratar. Só que o Botafogo vai ter que entender o que treinador tem como estilo de jogo e dar opção a ele em posições-chave. Se é para jogar em uma espécie de 4-2-4, fica difícil ter tantos volantes (Gregore, Tchê Tchê, Danilo Barbosa, Marlon Freitas, Patrick de Paula e Kauê, mais a chegada de Allan no meio do ano) no elenco. Sete brigando por duas vagas. Assim como é preciso ter mais opções no sistema ofensivo, além de ficar alerta às laterais, pelas frequentes lesões de Rafael e Marçal. Mateo Ponte e Hugo são jovens com potencial que vão oscilar.

* O Botafogo de Artur Jorge mostrou virtudes e deficiências na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO. Foi importante notar discurso no treinador e nos jogadores de que é preciso evoluir. É interessante ser um time veloz, potente, insinuante, mas há momentos em que é preciso controlar o jogo, ter a bola, saber desacelerar. Não ficar sofrendo no fim e torcendo para a partida acabar, como foi na quinta-feira.

* Vale destacar ainda as boas atuações de Gatito Fernández, Lucas Halter e Bastos, trio que vinha sendo criticado. Ainda que o adversário não tenha feito grande jogo, eles se saíram bem quando exigidos e foram decisivos para segurar a vitória no fim.

Fonte: Redação FogãoNET

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