* A vitória por 3 a 0 sobre o Volta Redonda, quarta-feira, deixou boas notícias no Botafogo, além da subida na tabela de classificação do Campeonato Carioca. A principal foi ver o quanto jogou Savarino.
* O atacante venezuelano mudou a cara do time, pela qualidade, dinâmica e capacidade técnica. Sabe o que tem que fazer com e sem a bola no pé. Deu cruzamento preciso para Bastos abrir o placar, fez seu gol e criou jogadas perigosas.
* O futebol é momento, então nada mais justo que reconhecer as boas fases de Hugo e Júnior Santos. O lateral aproveitou a ausência de Marçal, se firmou e vem mostrando virtudes, como a condução de bola e as assistências. Já o atacante é o melhor jogador do Botafogo, com confiança em alta, potência, dribles, imposição física e finalizações.
* O jogo contra o Volta Redonda mostrou um Botafogo mais forte e sólido. Em parte pela capacidade física estar aumentando – natural em início de temporada -, em parte por Tiago Nunes enfim ter optado pelo simples, sem improvisos. Mateo Ponte arrumou o lado direito e tem feito bons, Marlon Freitas é mais útil como primeiro volante, jogando de frente e distribuindo a bola, Tchê Tchê fica mais à vontade como segundo volante, Victor Sá é melhor na ponta-esquerda que na direita etc.
* O técnico vai ter que encontrar os melhores encaixes e entender como pode utilizar Júnior Santos, Savarino e Luiz Henrique juntos. Em tese, os três têm seus melhores momentos na ponta-direita. É problema bom para resolver.
* Problema ruim é a quantidade de lesões. Já sem John, Jeffinho e Marçal, o Botafogo está com o alerta aceso por Luiz Henrique sair por dores musculares na panturrilha. O jogador viajou para a Espanha na semana, voltou, fez um treino e foi para o jogo. Talvez fosse mais prudente ser poupado (o mesmo com Jeffinho naquela partida contra o Nova Iguaçu com gramado horroroso em Gama), mas agora é torcer para que seja algo leve.
* Por fim, houve leve melhora de Tiquinho Soares e Eduardo nesse jogo. Ainda que distantes do que já apresentaram no Botafogo, foram mais participativos. É possível que, por início de ano, alguns jogadores precisem de mais tempo para atingir seus melhores níveis físicos e técnicos. É torcer para que seja o caso dos dois, pois ambos continuam sendo importantes e referências na equipe.