Pitacos: sete jogos recentes em que o Botafogo venceu o adversário e a arbitragem; até quando, CBF?

Árbitro Paulo Cesar Zanovelli e Marlon Freitas em Cuiabá x Botafogo | Campeonato Brasileiro 2024
Reprodução/Premiere

* No futebol brasileiro, costuma-se falar muito de jogo em que seu time é prejudicado e perde ou empata. E quando é garfado e vence? Virou uma rotina na vida do Botafogo, pelo menos desde o ano passado. Cabe relembrar algumas partidas.

* A primeira, obviamente, é o 2 a 1 sobre o Cuiabá, na última quarta-feira, na Arena Pantanal, pelo Campeonato Brasileiro. Como o árbitro e o VAR não expulsaram Filipe Augusto no início do segundo tempo com entrada forte na canela de Gregore? Poderia facilitar o jogo. Mesmo assim, o Botafogo venceu.

* A segunda é o clássico contra o Fluminense. O Botafogo amassou, ganhou por 1 a 0 com gol de Bastos, mas deveria ter vantagem numérica desde o primeiro tempo, quando Martinelli entrou com as travas no tornozelo de Gregore.

* E contra o Vitória na Copa do Brasil? Matheusinho deu uma tesoura por trás em Marlon Freitas, no início do segundo tempo, e não foi expulso. Ainda assim, o Botafogo fez mais um gol, com Júnior Santos, e venceu por 2 a 1.

* E contra o Fluminense, no Campeonato Carioca? O Botafogo vencia por 2 a 1, quando o árbitro inventou um pênalti de Damián Suárez, que resultou no empate. Um lance mais claro de Marcelo em Emerson Urso não foi marcado. O time alvinegro teve que se desdobrar e fazer mais dois gols para vencer.

* Se voltar no Campeonato Brasileiro de 2023, dá para lembrar rapidamente de jogos em que o adversário deveria ter jogador expulso, não teve, e o Botafogo venceu da mesma forma. O 2 a 1 sobre o São Paulo no Nilton Santos (Jhegson Méndez com as travas na canela de Eduardo), o 3 a 2 sobre o Flamengo no Maracanã (Thiago Maia deu um chute violento em Di Placido), o 2 a 0 sobre o Fortaleza (pisão de Thiago Galhardo por trás no calcanhar de Marlon Freitas) etc.

* Já chegamos a sete jogos, só considerando as vitórias do Botafogo. E certamente tem muito mais, como o 1 a 0 sobre o Universitario, no Peru, em que zagueiro cortou com o braço finalização de Luiz Henrique.

* Nem precisa voltar muito no tempo para recordar outro erro absurdo no atual Brasileirão, desta vez em jogo que não foi uma vitória. No último sábado, no empate em 1 a 1 com o Vasco, Hugo Moura quase arrancou a perna de Tchê Tchê, com um forte chute na canela. O volante alvinegro virou desfalque, o cruzmaltino segue jogando normalmente. Detalhe: estava ainda no primeiro tempo.

* Até quando o Botafogo vai ter que jogar contra adversários e contra a arbitragem, CBF? Está feio já. Não faz sentido pensar em represália, porque não é só o Botafogo que reclama, e porque o tempo vai mostrando que o clube tem razão. Basta ser isento, imparcial e ter critérios.

* Não precisa ajudar o Botafogo (aliás, o desafio é achar algum jogo que o time venceu com ajuda da arbitragem) como outros times são ajudados por decisões de arbitragem. É só não atrapalhar. O futebol brasileiro agradece.

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