A decisão do Botafogo de cancelar a pré-temporada de 2023 nos Estados Unidos por conta da intransigência da Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) tem uma explicação. Pelo regulamento, o Glorioso teria de pagar uma multa de pelo menos R$ 15 milhões caso usasse o time B além das três primeiras rodadas do Campeonato Carioca.
Eis o Art. 50: “Se for A associação que, sem justo motivo, assim reconhecido pelo DCO da Ferj, deixar de utilizar sua equipe considerada principal, após a 3ª Rodada da Taça Guanabara, perderá o valor correspondente a totalidade de sua cota fixa mínima de direito de transmissão do contrato coletivo e, caso já a tenha recebido ou não faça jus, pagará uma multa equivalente a cota mínima estabelecida para um dos clubes grandes aderente, que será revertida em benefício dos demais clubes participantes do campeonato e signatários do contrato de transmissão coletiva.“
Como se sabe, o Botafogo, junto com o Vasco, não aceitou os termos do contrato coletivo dos direitos de transmissão, que acabou sendo vendido à Band. Neste caso, o regulamento diz que, caso o clube não tenha assinado, receberá uma multa equivalente à cota mínima para um dos clubes grandes. Conforme noticiado, o Flamengo receberá R$ 21 milhões e o Fluminense, R$ 15 milhões.
Assim, para não receber essa multa pesada, o Botafogo teria de utilizar o “time principal” a partir da quarta rodada, dia 26 de janeiro, contra o Madureira, o que inviabilizaria uma viagem maior para os Estados Unidos, como era o desejo de John Textor.
A equipe do técnico Luís Castro só se apresenta no próximo dia 9 e, portanto, terá pouco mais de duas semanas para se preparar. O time B, comandado por Lucio Flavio e que já vem fazendo a pré-temporada, deve ser utilizado nas três primeiras rodadas, contra Audax (15/1), Volta Redonda (19/1) e Vasco (23/1).
