* A notícia da saída de Gabriel Pires do Botafogo de certa forma foi uma surpresa. Imaginava-se sua permanência por mais uma temporada, até pelo fato de o Benfica topar um novo empréstimo. Não rolou.
* Assim como “não rolou”, “não aconteceu”, o que se esperava de Gabriel Pires no Botafogo. Apesar de ter certa qualidade, determinação e ser botafoguense, a sensação que ele deixa é que não chegou ao seu nível máximo no clube.
* O que ficava era uma esperança de protagonismo, por boas atuações espaçadas ao longo do tempo, mas faltou mais regularidade e sequência. Em parte, por causa das lesões, que geralmente vinham em bons momentos do jogador. Quando parecia estar bem fisicamente, tecnicamente e com ritmo, aparecia uma lesão que o fazia voltar à estaca zero. Até se recondicionar novamente, levava tempo.
* Inteiro, focado e bem condicionado, Gabriel Pires é um ótimo jogador. Ocupa bem os espaços, rouba bolas, dita ritmo, ajuda no jogo aéreo, faz gols. Mas oscila, perde bolas fáceis, aparenta certa displicência em algumas jogadas e não mantém seu rendimento. Não completou 90 minutos em nenhum jogo no Campeonato Brasileiro.
* Havia argumentos para a permanência, assim como havia para a saída. Dividia opiniões na torcida, parte gostava, parte não. Desta forma, dá para entender a decisão do clube. Mas o principal é trazer alguém melhor que Gabriel Pires, de forma que sua ausência não seja sentida.