O Botafogo vem evoluindo a cada ano de existência da sua SAF e, mesmo com apenas três temporadas de atividade, todo o trabalho realizado já foi capaz de nos colocar no mesmo nível de Flamengo e Palmeiras, clubes que vêm se revezando no topo das competições brasileiras e continentais. Ao invés de valorizar a chegada de mais um gigante ao mais alto nível, o que vemos são inúmeras tentativas de desqualificar a gradual consolidação do Botafogo nesse “grupinho”.
Parece haver uma tentativa clara, por parte de diversos “atores” do mundo do futebol, de desvalorizar o trabalho do Botafogo e, assim, garantir que os mesmos de sempre continuem obtendo o protagonismo. Não acredito que esse processo de “desqualificação” tenha como objetivo “ferir” a Instituição Botafogo, mas sim o Textor e o que ele representa (questionamentos sobre como o futebol brasileiro é organizado, por exemplo). Boa parte do mundo do futebol não consegue ou não quer separar o “CNPJ do CPF”, e isso ficou bastante claro em declarações recentes, insinuações baseadas em uma realidade paralela, matérias “bombásticas” que não conseguiram nem “furar a bolha”, manchetes enviesadas, e uma profunda má vontade por (parte de alguns) ao sempre optar por analisar os feitos do Botafogo através das eventuais dificuldades e fragilidades que o clube/time tenha demonstrado.
Essa incapacidade (ou seria intenção?) de separar o descontentamento com a postura do Textor e o trabalho de excelência que vem sendo realizado no futebol do Botafogo acaba, na minha opinião, produzindo um profundo desrespeito com os profissionais que trabalham no Botafogo e com a nossa torcida. Imagine ser um trabalhador dedicado, capacitado e realizador de um trabalho que vem entregando resultados maravilhosos e, por conta de uma animosidade entre terceiros, não receber o reconhecimento merecido. Isso deve ser no mínimo frustrante.
Como torcedor, já me senti desrespeitado diversas vezes pela postura de alguns jornalistas. Assim como vários árbitros, muitos desses jornalistas atuam dentro das “interpretações”. Todos nós já percebemos que, às vésperas e também nos dias de jogos decisivos, matérias negativas são frequentemente divulgadas. Nessas situações, a torcida sempre questiona o momento das publicações, e a resposta é quase sempre: “não existe hora certa para a divulgação da notícia”. Aposto que você já ouviu isso. Concordo que a notícia se impõe, mas é difícil acreditar que a clara concentração de notícias ruins em dias decisivos seja apenas coincidência. Dito isso, quero deixar claro que, se a matéria aborda um erro do Botafogo, o foco jamais deve ser no mensageiro, como se ele fosse o culpado, mas sim no próprio Botafogo.
Gostar ou não do Textor e questionar suas atitudes acaba sendo algo muito pessoal, mas a decisão deliberada de atingir o Botafogo é uma escolha de quem o faz. No final das contas, parece claro que há uma tentativa de fazer o Textor desistir de abordar temas que possam resultar na mudança do status quo. Não sou afeito a teorias da conspiração e sempre que posso as rechaço, mas está realmente difícil imaginar que a realização de um “Leila Day” no mesmo dia de um jogo decisivo seja algo sem nenhuma orquestração por trás.
P.S.: De maneira alguma considero errados os eventuais questionamentos sobre as atitudes do Textor, até porque eu mesmo já questionei algumas e deixei claro o meu descontentamento com algumas ações dele. O que não pode acontecer é uma abordagem que distorça e omita fatos ou informações cruciais dentro da análise realizada, algo que vem sendo feito sistematicamente.
