Os bastidores do Botafogo estão pegando fogo, e a indefinição sobre quem, de fato, terá o controle da SAF Botafogo vem ocupando as nossas mentes e o noticiário. Mas não é sobre isso que falarei hoje. O meu foco aqui será nas respostas que o trabalho do Ancelottinho está nos dando conforme o tempo vai passando. Lembro de ter escrito aqui que precisaríamos ter paciência nesse início de trabalho da nossa nova comissão técnica, pois havia muito mais incertezas do que certezas naquele momento.
Obviamente, ainda é cedo para fazermos qualquer tipo de análise definitiva sobre o comando do nosso novo treinador, mas creio ser perfeitamente possível destacar alguns aspectos relevantes. Para começar, me animou muito a forma vertical como temos jogado, pois nunca escondi que esse tipo de futebol é o que mais me agrada. O Botafogo do Ancelottinho pega a bola e parte para cima dos adversários, e, em vários momentos, esse movimento acontece através daquelas transições ofensivas em alta velocidade que a gente tanto se amarrou em ver ao longo dos últimos anos. Na minha opinião, esse é o verdadeiro DNA do Botafogo desde que virou SAF.
Outro ponto positivo do Ancelottinho é que ele não fica lamentando as lesões, suspensões e lacunas, ou seja, está sempre trabalhando para encontrar soluções com os jogadores disponíveis. Esse aspecto se torna ainda mais relevante quando lembramos que ele ainda está conhecendo o elenco nos mínimos detalhes. Já ficou claro que ele possui o mesmo pensamento do pai, pois esse poder de adaptação às mais variadas realidades sempre foi uma qualidade muito presente nos trabalhos do Carlo por onde passou.
Tem me chamado muito a atenção a blindagem que a comissão técnica e o departamento de futebol estão conseguindo fazer para que os problemas entre Textor e Eagle não afetem o trabalho do dia a dia. Logicamente, o fato de não termos efeitos colaterais como salários atrasados provavelmente torna essa blindagem mais fácil, mas foram divulgadas notícias dando conta de que a escolha do Ancelottinho foi conversar abertamente com os líderes do elenco e, depois, com a totalidade dos jogadores. Essa postura certamente foi muito valorizada internamente, pois todos que vivem o futebol como nós vivemos, sabem o quanto os atletas respeitam aqueles que olham nos olhos e mandam o bom e velho “papo reto”.
Pelo que estamos vendo em campo, acredito que ainda veremos um Botafogo mais forte e mais sólido nas próximas semanas, mesmo que oscilações ainda possam ocorrer. Somos o único time vivo em todas as três competições mais importantes (Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil), e essa “conquista” já tem o dedo do Ancelottinho.
Agora é torcer para que exista a possibilidade de melhorarmos o elenco e dar apoio total para que o nosso treinador continue evoluindo o time e também as suas habilidades como comandante principal.
Estou mais confiante do que antes com relação ao campo e bola e, sobre o restante, a gente conversa no próximo texto.