Essa primeira parte da temporada não foi fácil para a gente, e isso nos fez temer um possível não atingimento dos objetivos principais até o meio do ano: estar no pelotão de cima no Brasileirão, classificar na Copa do Brasil e na Libertadores. Todo torcedor que ficou com a pulga atrás da orelha teve motivos, pois alguns dos jogadores contratados não conseguiram dar resultado logo de cara (uns ainda estão “devendo”), o Renato Paiva insistiu em fazer escolhas equivocadas, os jogadores pareciam não estar assimilando bem o novo modelo de jogo, e por aí vai.
Felizmente, o horizonte foi clareando nessa reta final da primeira parte do ano. Desde o jogo contra o Fluminense, vimos um processo de melhora contínua no trabalho do Paiva e, mais do que isso, vimos os jogadores mais à vontade e adaptados à filosofia do treinador. Obviamente ainda estamos muito longe do nível desejado, mas inegavelmente conseguimos fazer com que o elenco desse algumas respostas importantes. Ao analisar tudo o que aconteceu até aqui, me sinto à vontade para dizer que o Botafogo saiu no lucro até agora.
Agora que chegamos vivos em todas as competições, surge o próximo questionamento: será que de fato brigaremos por todos os títulos mais uma vez? Pois bem, a resposta está (como sempre) nas mãos do Textor. Todos nós estamos acompanhando o noticiário relativo à Eagle e, obviamente, uma série de preocupações acaba surgindo. Com a subida do endividamento do nosso grupo multiclubes e toda a dificuldade enfrentada pelo Lyon com o DNCG (organização que monitora as finanças dos clubes franceses), acabamos sentindo aquela sensação de estarmos “no escuro”.
O mercado de transferências do Botafogo está se mostrando agitado, com nomes de muito bom nível, como Kaio Pantaleão, Álvaro Montoro e agora Arthur Cabral. A princípio, esses nomes me trazem uma sensação de confiança, mas inevitavelmente também bate uma preocupação: será que estarão no nível dos titulares que estão nos deixando? Eu não vou ficar chorando as prováveis perdas de Jair, Igor Jesus e Cuiabano, pois todos nós sabíamos, desde sempre, que esse perfil de jogador não ficaria no Botafogo por muito tempo. Sendo assim, a minha preocupação não tem como foco a saída, mas sim a reposição rápida e certeira.
Chegou a hora de o Textor apontar o rumo para o restante de 2025, assim como fez em 2024. No ano passado, o Botafogo passou um recado claríssimo na última janela, de que estava se “armando” para ganhar absolutamente tudo o que disputava. Será que o Textor terá condições — e vontade — de fazer o mesmo em 2025? Espero que sim!
Estamos vivos, e tomara que fiquemos mais fortes também.