Continuar construindo um novo Botafogo passa pela nossa presença constante no Nilton Santos

Continuar construindo um novo Botafogo passa pela nossa presença constante no Nilton Santos
Arthur Barreto/Botafogo

Hoje teremos uma “final” no Nilton Santos e, mais uma vez na temporada, não veremos o nosso estádio lotado. Ninguém vai negar que o próprio Botafogo “trabalhou bem” para oferecer possíveis razões a serem usadas pelo seu torcedor na tentativa de justificar a não ida ao estádio. Mas será que uma parcela importante da torcida não precisa refletir um pouco sobre a maneira de encarar a sua relação “física” com o clube? Pois bem, quero conversar com vocês sobre as minhas impressões e, obviamente, ouvir as de vocês.

Eu não me considero um cara radical nas minhas opiniões, e muito dessa percepção vem da minha boa capacidade de ser empático. Acontece que não consigo normalizar o fato de que, em vários casos, a torcida decide não se fazer presente. Obter uma alta média de público validaria ainda mais as mudanças pra lá de positivas implementadas pela SAF, contribuiria diretamente para que o clube se torne autossustentável num futuro mais breve e, obviamente, ajudaria a construir de maneira recorrente um ambiente absurdamente foda no Nilton Santos. Quero deixar bem claro que não considero o coletivo “torcida do Botafogo” como o único culpado, pois é impossível ignorar o papel fundamental que a própria SAF tem nisso (principalmente em 2025).

A postura e o planejamento do Textor claramente desmobilizaram a torcida, não posso ignorar esse elemento. Mas será que ainda é correto continuar usando essa argumentação com o meio do ano se avizinhando? Não creio. Não adianta protestar de casa, não adianta cobrar jogador de casa, assim como também não adianta cantar de casa, por exemplo. A ida ao estádio sempre será a melhor maneira de transmitir todo e qualquer tipo de informação para o Textor. Estar ao lado do clube, na minha opinião, não pode ser algo negociado de acordo com o momento do time. Ou seja, ser Botafogo deveria ser o suficiente para convencer o torcedor a se fazer presente no Nilton Santos. Mas, infelizmente, a nossa torcida parece precisar sempre ver motivos (positivos e negativos) para estar junto do time.

Dentro desse cenário, vejo poucas ações da SAF no sentido de ir fundo no estudo das razões pelas quais uma boa parcela dos nossos torcedores não engaja de maneira contínua. Já está mais do que comprovado que é preciso estabelecer um planejamento muito bem estruturado para que exista uma mudança gradual da cultura da nossa torcida. Precisamos de uma SAF que compreenda a mente e os corações do nosso torcedor, para que assim consiga atacar as razões centrais da média de público tão abaixo do que o tamanho do Botafogo “obriga” a ter. Seria interessante debater a politica de preços, brigar por horários de jogos melhores, fazer campanhas que solidifiquem a importância de estar sempre presente, trabalhar de maneira mais próxima com a Supervia, e tantas outras possíveis ações.

Enfim, acredito muito que SAF e torcida precisam se olhar nos olhos, baixar suas respectivas guardas e entrar num caminho que, aos poucos, coloque o Nilton Santos no percentual de ocupação que a grandeza do Botafogo exige.

Precisamos ser um só!

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