Esse Botafogo não é obra do acaso

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Esse Botafogo não é obra do acaso
Vitor Silva/Botafogo

O trabalho de Luís Castro e sua comissão está sendo merecidamente reconhecido nos últimos dois meses. No entanto, é importante destacar que esse sucesso não se deve a um único fator isolado, mas sim a um contexto mais amplo. O Botafogo funciona hoje de forma mais profissional e complexa do que nunca.

Obviamente, não quero dizer que todos os profissionais que já passaram pelo clube não eram bons. A gestão amadora acabou prejudicando o bom trabalho que esses profissionais poderiam ter entregue em circunstâncias e estruturas melhores. Minha intenção principal é reforçar que o sucesso atual não é baseado em sorte ou acaso, mas sim no resultado de um trabalho consistente que sempre foi realizado com bases sólidas, embora não tenha apresentado resultados positivos de maneira sustentada até agora.

Quando olhamos para o elenco montado, percebemos algumas lacunas que precisam ser preenchidas, mas também são evidentes os acertos na montagem. Quero destacar alguns elementos que comprovam e sustentam a certeza de que estamos vivenciando o resultado de decisões estrategicamente pensadas.

Fator Físico: Desde a primeira janela de transferências da SAF, observei que os jogadores contratados possuíam um claro perfil físico, sendo atletas com mais de 1,80m, fortes e sem histórico de lesões recorrentes, entre outros aspectos. Hoje, quando assistimos aos nossos jogos, a imposição física desse elenco é evidente, o que mostra que não é algo acidental.

Fator Tático: A grande maioria dos jogadores contratados possui experiência no futebol europeu. Essa estratégia visa facilitar e acelerar a adaptação desses atletas ao estilo de jogo e treinamento de Luís Castro e sua comissão.

Fator Estrutura: O Botafogo tem melhorado sua estrutura de forma contínua. No ano passado, estávamos frequentemente nas posições superiores do ranking de lesões, o que claramente prejudicou o trabalho em andamento. Este ano, temos gramados de excelente qualidade, melhores equipamentos, processos mais bem definidos, reformas em ambientes comuns e muitas outras melhorias. Nesse ponto, devemos enaltecer a direção do clube, mas um destaque ainda maior deve ser dado a Luís Castro, pois ele sempre foi muito incisivo em suas demandas por melhores condições de trabalho.

Fator Amadurecimento: Mesmo nos piores momentos, o Botafogo demonstrava variações e padrões táticos, porém com erros de execução. Não vou entrar no mérito das razões que levaram a esses problemas, pois não participei do dia a dia, mas havia indícios de que estávamos diante de uma dificuldade, não de uma incapacidade. Esse mesmo elenco já havia demonstrado capacidade de desenvolver algumas das ideias propostas pela comissão técnica. A manutenção do trabalho ofereceu estabilidade e respaldo, fortalecendo ainda mais a convicção nos fundamentos do trabalho e injetando uma dose de confiança complementar aos bons resultados.

Ninguém pode prever até onde esse time chegará, mas fica cada dia mais claro que estamos diante de um clube que está se profissionalizando para disputar consistentemente as partes altas de todos os campeonatos. O Botafogo não planejava estar liderando todos os campeonatos nesse momento, mas isso só é possível devido às bases sólidas que vêm sendo criadas desde que a SAF começou a operar o nosso futebol.

O trabalho geral de estruturação do Botafogo ainda não está nem perto de seu nível mais alto e também não está isento de erros, mas já estamos colhendo os frutos das ações sérias e planejadas em nosso passado recente. O objetivo continua sendo alcançar a melhor versão de nós mesmos e, com isso, chegar o mais longe possível em nosso contexto atual.

Estamos testemunhando um novo Botafogo!

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