Chegou um dos momentos mais esperados de todo ano, o começo do Brasileirão! Confesso que gostaria de estar iniciando esse Brasileiro com uma confiança maior em nosso time e na comissão técnica, mas creio que podemos fazer um bom campeonato. Não estou esperando brigar pelo título e nem por uma vaga direta na Libertadores, pois possuímos algumas claras carências que dificultam uma empolgação maior, mas estamos falando de futebol, não é mesmo?
Em um primeiro momento, pode parecer que as minhas expectativas estão abaixo do esperado para um clube com o investimento do Botafogo, mas sempre faço questão de dizer que precisamos estar obrigatoriamente conectados ao contexto das coisas. Não é segredo para ninguém que o nosso planejamento para o ano de 2023 acabou não sendo o desejado, e essa certeza se estende desde a torcida até aos membros da diretoria. Alguns erros foram provocados por fatores externos e outros tantos por fatores internos do clube, mas fato é que estamos menos fortes do que imaginamos estar, quando no passado projetamos a temporada atual.
Dentro desse contexto, existe uma coisa que pode nos colocar em um nível diferente do esperado: o trabalho de Luís Castro. Eu sei que você já está com os dedos e a língua coçando para me chamar de “passa pano” ou de “carteiro do Textor”, mas espere até o final do texto para poder fazer isso com mais propriedade! O objetivo de hoje é apenas mostrar que, gostando ou não do “Mister”, você precisa torcer para que ele dê certo.
Estaria mentindo ao dizer que nas mãos do Castro esse mesmo elenco já rendeu muito mais do que vem rendendo? Creio que não. Pois bem, cabe ao clube ajudar nessa reaproximação entre treinador e elenco. Todos precisam ser mais uma vez convencidos de que a continuidade da comissão técnica é, no maior número de vezes, o melhor caminho a ser seguido (sem falar em não ter que pagar multa rescisória). Normalmente a continuidade tem como uma de suas maiores consequências tornar o caminho de um clube menos atribulado, e todos sabemos que se tem uma coisa sempre presente no Brasileirão é a oscilação.
Os conceitos que podem nos levar a ter uma performance além da esperada já estão na cabeça do Castro, sendo o próximo passo criar as condições para que as ideias saiam do plano mental e transformem-se em realidade dentro do campo. Obviamente tudo passa primordialmente pelo próprio treinador, pois de nada adiantará todo o esforço do mundo se o Castro não entender que precisa adaptar alguns de seus conceitos e que, acima de tudo, precisa fazer isso com uma vontade genuína de estar fazendo.
Temos jogadores de qualidade e que podem nos entregar momentos bons nessa temporada, mas é preciso que essa certeza exista e seja potencializada internamente pela comissão técnica, assim como pelo departamento de futebol. A cobrança, quando feita de maneira justa e séria, é sempre necessária dentro de um ambiente competitivo e profissional.
Sendo assim, precisamos que o nosso treinador consiga elevar o seu próprio nível e que, acima de tudo, consiga fazer com que os seus jogadores ofereçam ao time as suas melhores versões. O Castro vem falhando nisso, mas tem qualidade suficiente para reverter esse cenário.
Que venha o São Paulo!!
