Tiago Nunes foi oficialmente apresentado nesta terça-feira e me pareceu um profissional muito preparado para estar onde está e no momento em que está. Obviamente, os títulos ganhos por ele nos mostravam que o Botafogo havia contratado um treinador com uma qualidade já comprovada no futebol brasileiro, mas hoje ficou bastante claro que a forma como ele enxerga o extracampo está bastante alinhada com todo o movimento de profissionalismo que o clube vem implementando desde que virou SAF.
Isso quer dizer que iremos atropelar todos os adversários e que o Botafogo irá virar uma máquina? Muito provavelmente não, mas indica que agora temos em nossa direção técnica alguém acostumado com as exigências pesadas que todos enfrentam ao disputar o Brasileirão. Todas as falas do Tiago ao longo da coletiva me pareceram honestas e fundamentadas não apenas no desejo dele em fazer um grande trabalho, mas em uma análise maior que engloba aquilo que ele acompanhou em todas as sessões de treinamento que tivemos nessa data FIFA, no que viu de organização e ambiente no dia a dia do clube e obviamente tudo aquilo que esse mesmo elenco já produziu ao longo da temporada.
Infelizmente, assisti a mais coletivas de apresentação de técnicos do que eu gostaria ao longo de 2023, mas é importante ressaltar o quão central tem sido nos discursos dos novos treinadores a questão da reorganização do Botafogo. Todos os técnicos parecem chegar ao clube com a certeza de que receberão boas condições de trabalho e respaldo para desempenhar suas funções. Claro que todos nós sabemos o quão importantes são os resultados para a continuidade de um técnico, mas creio ser possível afirmar que hoje o Botafogo tenta pensar toda essa questão de uma maneira mais racional.
Fiquei com a sensação de que estamos em boas mãos e que podemos sim nutrir esperanças de ganharmos o Brasileirão deste ano. O momento agora é de esperar o jogo de quinta-feira para termos uma ideia melhor sobre o impacto que essa última mudança de comando pode nos trazer.
Boa sorte, Tiago!