E seu eu disser que Cleiton Carvalho teve importante papel na conquista dos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro pelo Botafogo? Quem? Ele não entra em campo e talvez seja por isso que você ainda não o conheça. Mas ele “entrou” na cabeça de Luiz Henrique e ajudou o atacante a virar o Pantera Negra que conhecemos.
Formado em Coaching e Inteligência Emocional pela Federação Brasileira de Coaching Integral Sistêmico, Cleiton começou a trabalhar com Luiz Henrique no início de julho. Logo nas primeiras sessões, ele percebeu alguns pontos que poderia atacar para tornar o jogador do Botafogo ainda melhor em campo.
– Trabalho com o Luiz desde o início de julho (7/7, Botafogo 3×0 Atlético-MG pelo Brasileirão) e a gente identificou algumas coisas. Ele precisava naquele momento ter mais concentração no jogo, mais foco, mais confiança. Trabalhamos isso e logo na primeira partida já deu resultado, ele fez um gol. De lá para cá ele vem se destacando – disse Cleiton ao FogãoNET.
– Em alguns momentos o Luiz Henrique se desligava da partida e depois do nosso trabalho passou a ficar mais ligado e focado. Nos últimos 12, 15 jogos dele foi fazendo a diferença. Isso mostra a relevância e o impacto do mental no atleta – completou.
E essa mudança foi fundamental, por exemplo na final da Libertadores. Se no início de sua trajetória no Botafogo Luiz muitas vezes se mostrava disperso, isso diminuiu bastante. Mais do que isso. Ajudou a decidir a taça.
Aos 39 minutos do primeiro tempo, o Glorioso estava com um a menos e Luiz Henrique já havia feito o primeiro gol minutos antes. Mesmo assim, o atacante estava muito ligado no jogo e apertou Guilherme Arana que protegia a bola para Everson. Ele se infiltrou, foi derrubado pelo goleiro e viu o VAR marcar a penalidade.
– Conversei com ele antes dos jogos, que não ia ter cansaço. Para dar tudo de si e estar focado, concentrado. Mentalmente estar ligado. Nós fizemos a visualização do gol e saiu na Libertadores. E por estar muito concentrado ele acabou fazendo a jogada que aconteceu o pênalti. A força mental dele hoje é muito grande e faz a diferença no jogo – afirmou o coach.
Outro ponto de ataque no trabalho mental desenvolvido foi fazer Luiz Henrique entender seu real potencial. Humilde, o Pantera Negra muitas vezes não compreendia todo seu potencial. Isso ficou claro nas entrevistas pós-títulos, quando ele exaltou a si próprio e mostrou confiança.
– Concentração e foco foram os passos principais, mas também o reconhecimento de si mesmo. Que ele poderia ser um jogador de alto nível. O trabalho fez com que ele melhorasse autoestima, identidade, ter mais confiança. Isso ajudou ele a ter mais destaque ainda – finalizou Cleiton.
