A vitoria por 3 a 0 sobre o Vasco na última terça-feira (5/11), no Nilton Santos, deu ao Botafogo a maior vantagem de um líder no Campeonato Brasileiro de 2024. São seis pontos de distância para o Palmeiras, vice-líder e principal rival na luta pelo título.
E a situação foi bem parecida no ano passado, quando o Glorioso tinha vantagem ainda maior (chegou a ser de 13 pontos) e acabou se esfarelando na reta final sob o comando de Lucio Flavio.
Vale ressaltar, no entanto, que a situação é bem distinta mesmo diante do “flashback” com os personagens se repetindo.
Aliás, as igualdades se encerram aí. Até porque o Palmeiras não é o mesmo de 2023. E muito menos o Botafogo.
Se no ano passado, o time de Abel Ferreira se recusava a perder e com uma defesa muito sólida, o mesmo já não ocorre neste ano. O técnico português tem tido dificuldades e não transparece a mesma força de outrora.
E o mesmo pode ser dito sobre o Botafogo. Em 2023 teve grande primeiro turno e tentou administrar a belíssima vantagem, o que nao conseguiu. Teve uma troca de comando que foi fundamental. Saiu Luís Castro para passagem curta de Bruno Lage e período horripilante e decisivo de Lucio Flavio.
Já em 2024, o Botafogo cresceu na hora certa, se consolidou e abriu vantagem de seis pontos, a maior ate aqui nesta edição. E nada indica que vamos parar. Pelo contrário.
Isso é problema do Palmeiras e de Abel Ferreira, que precisam tirar um coelho da cartola. Apostar na fragilidade do comando do Botafogo, como ocorreu ano passado, não parece ser a melhor ideia. Artur Jorge está totalmente ligado nos “joguinhos mentais” do seu conterrâneo.
Pés no chão e confiança no bom trabalho desenvolvido até aqui. O caminho está trilhado e vamos com pisadas firmes, até o fim.