Vivemos a era do imediatismo. Alguma situação acontece e nos sentimos na obrigação de ter uma opinião formada o mais rápido possível. Essa medida, no entanto, pode nos induzir a erros – que muitas vezes pode prejudicar gravemente algum dos envolvidos.
É justamente o que está acontecendo no Botafogo nos últimos dias. Diego Hernández e Óscar Romero cometeram ato de indisciplina e foram punidos pelo clube, que multou e afastou a dupla das principais atividades por tempo indeterminado.
Como consequência, os jogadores desfalcaram o Botafogo em jogos decisivos e muitos torcedores julgaram que o clube estava se punindo com a sanção escolhida. Há alguns poréns em qualquer opinião formada nesse tipo de situação.
OS FATOS SÃO FUNDAMENTAIS. E sejamos claros quanto a isso. A punição foi tomada por quem trabalha no clube e faz de tudo para se ter um projeto vencedor. Eles, diante de todos os fatos, decidiram por determinada punição. O torcedor mais revoltado com o afastamento, e que desejava somente uma multa, já pensou na possibilidade de isso ter sido discutido internamente?
Mais que isso. Há um consenso geral de que os jogadores fazem falta. Isso não está em debate. A questão é o que fazer apesar disso. Claramente o assunto foi considerado mais grave do que se imaginava inicialmente. Está nítido que há um sentimento nas lideranças que a punição precisava ser mais rigorosa que alguns dias afastados.
E é justamente aqui que precisamos falar novamente sobre os fatos, tão importantes. Hierarquia e regras são básicos para uma convivência satisfatória e qualquer pessoa que precisou liderar pessoas sabe o que é necessário quando há um rompimento na ordem. A punição precisa ser justa e exemplar, para servir de exemplo.
Quem tomou a decisão é quem pode melhor avaliar o que é preciso para o Botafogo seguir firme e unido nessa temporada que promete grandes emoções. Eu confio nisso, mesmo que possa parecer descabida para alguns. Os fatos são fundamentais e não são todos que têm acesso.
