O Botafogo decidiu manter o técnico Luís Castro para temporada 2023. Pelo menos por enquanto. A informação foi publicada inicialmente pelo amigo Matheus Medeiros nesta sexta-feira (10/3) e posteriormente confirmada pelo FogãoNET. A situação do português não é nada confortável. A demissão chegou sim a ser pauta em reunião de John Textor com o departamento de futebol.
No entanto, a decisão final para este primeiro momento é pela manutenção do treinador, que terá jogos decisivos pela frente. Decisivo para o Botafogo, que disputará a Taça Rio, de olho na vaga da Copa do Brasil de 2024, e também o torneio mata-mata desse ano, no duelo contra o Brasiliense, dia 15, já confirmado no Espírito Santo.
O português terá a missão de resgatar o bom futebol do Botafogo nos poucos dias que terá pela frente. Uma resposta é esperada e seu trabalho está ainda na linha de tiro. A manutenção de atuações vergonhosas como ocorreram contra Flamengo, Sergipe e Portuguesa fatalmente levarão ao fim da sociedade com Textor.
O norte-americano, inclusive, foi fundamental para que Castro ainda estivesse no Botafogo na atual temporada. Foi Textor quem bancou o português quando o trabalho não apresentava evolução durante o último Campeonato Brasileiro. Com peças, o treinador foi bem. Com a saída de alguns atletas, voltou várias casas e jogou pior que vários times com elenco bem pior que o do Alvinegro.
As costas quentes que mantiveram Castro em 2022, no entanto, não estão mais lá. Textor está insatisfeito e não se jogará na bala para proteger o português novamente. Porém, a multa rescisória, na cada dos R$ 10 milhões, é a maior proteção que o treinador tem nesse momento. Apesar do trabalho do técnico cristalinamente ser ruim, ele está longe de ser o único culpado.
Textor pode deixar de ser centralizador e delegar melhor o organograma dentro do futebol. Definir orçamentos e deixar seus comandados fazer o trabalho. Aliás, é assim que prega o profissionalismo. Para mim, a única opção de o projeto seguir dando certo com Luís Castro é com contratações de jogadores que cheguem para ser titulares incontestáveis – principalmente na parte ofensiva. E aí? Vamos ter esses reforços?
