Em um passado recente e nem tão distante enfrentar o Flamengo era sinônimo de derrota para o Botafogo. Não tenho medo em admitir isso, era uma verdade absoluta. Todo mundo sabia disso, inclusive os botafoguenses, sem saber o que fazer e como reagir naquele período. Felizmente esse é apenas um recorte rápido na nossa gloriosa história. As coisas mudaram. E muito.
Desde que virou SAF, sob a tutela de John Textor, o Botafogo vem, aos poucos, tirando a diferença para o maior rival. Se antes o Alvinegro não tinha grandes jogadores e uma folha salarial de time pequeno, hoje a história é bem diferente. Jogadores como Tiquinho, Eduardo, Perri, Marçal, Tchê, Cuesta e Adryelson são uma realidade – e tem mais nomes que poderíamos citar aqui, o que comprova a força do elenco.
Mas não é sobre isso que gostaria de falar aqui hoje. O objetivo é jogar o holofote na dura missão que muita gente dentro do clube está enfrentando: reconstruir a imagem do Botafogo. E isso não é nada fácil. Fora de campo, fama de caloteiro e mau pagador. Dentro de campo, péssimos times e vergonhas em sequência, fruto de péssimas administrações. Leva tempo mudar toda essa opinião construída ao longo de décadas.
A torcida do Botafogo é a única que ainda sabe o real tamanho desse clube. Ela jamais desistiu. E nem vai. A missão já foi bem mais complicada, basta olhar o retrovisor — a evolução é nítida. A imagem que o Glorioso passa para fora acompanha o crescimento. O sentimento de sangue na boca ainda existe, apanhamos por muito tempo calado. Mas não mais.
A reação do Botafogo no Twitter, debochando de rivais e da mídia tradicional, tem muito sentido. Quem bate esquece. E mais do que isso. O sentimento de injustiça com o nosso clube durou muito tempo. A vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo tem um papel importantíssimo nisso tudo, pergunte a qualquer torcedor. O GLORIOSO está no seu devido lugar e que nunca mais ouse se curvar.
